segunda-feira, 21 de janeiro de 2013


.




Algumas considerações sobre o caso Zezé Polessa
 Enviado por luisnassif, seg, 21/01/2013 - 14:16

Comentários ao post "O linchamento de Zezé Polessa"

Por Honório

Artigo brilhante!!! O linchamento é uma maneira de a sociedade negar sua própria maldade, deixando-o a cargo exclusivamente dos acusados. Algo parecido com a história dos "bodes expiatórios". Afirmamos nossa bondade projetando a maldade sobre alguém que cometeu algum erro, como se assim nos limpássemos de nossa sujeira. Tive essa impressão na cobertura midiátia da AP 470 e de tantos outros casos rumorosos. Quanto maior a histeria, maior a catarse e a manipulação midiática da maldade. Somos tangidos pela mídia, como poderia ser pelo partido, ou pelo füeher ou pelo projeto colonial de civilização etc. Na falta de cristãos sendo devorados por leões, porque ficou um pouco fora de moda, assistimos a BBB, cujas aberrações nos fazem sentir melhores. Julga-se apressadamente. Condena-se ainda mais rápido e assim evitamos discutir os problemas como realmente são: intrínsecos a uma forma de a sociedade inteira viver. Não lincho Zezé Polessa e ninguém mais. Acho um comportamento perverso e pervertido. Mas sobretudo patológico na sua canalização de ódio e ressentimentos. Como dizia Aristóteles, ter ódio é comum. Difícil é saber de que se tem ódio, porque se tem, de quem realmente se tem e até que ponto ele se justifica. No caso da nossa sociedade, seriam necessários anos de psicoterapia para a gente saber porque se mata alguém por R$ 7,00 ou porque se rejeitou a proibição de deixar comida no prato. Ou porque simplesmente se pediu para abaixar o som que incomodava. Estamos todos muito doentes, eu acho.

Por Claudia Paiva

Excelente artigo.

Aqui não se discute política, não se discute religião, julga-se como fulano deveria ter agido em cada situação, de acordo com a moral, os bons costumes, a educação, a "sabedoria": esta é a nossa sociedade relacional.

Esse linchamento moral é fruto dessa sociedade relacional, em que a defesa do "politicamente correto" é um elemento de integração social.

Os legisladores, pessoas escolhidas pelo povo sem a menor noção de Direito, criminalizam o "politicamente correto".

O resultado é uma série de leis preconceituosas: se o idoso não é parcialmente capaz para a lei, porque não se pode ter com ele as mesmas relações que com os demais elementos da sociedade?

Agora se duas pessoas discutem, uma de 59 e outra de 61, e ambas tem um infarto, a de 59 adicionalmente terá um processo de homicídio culpos

Nenhum comentário:

Postar um comentário