terça-feira, 30 de outubro de 2012







































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Mais sobre o toque de recolher do PCC na Vila Formosa
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 08:13

Por edutaxista_

Comentário ao post "PCC impõe toque de recolher"

Pessoal, acabo de chegar em casa (2:00)... trabalho como taxista na vila prudente e regiao! O tal "toque de recolher" foi dado sim... nao sabemos se por faccao criminosa ou por gnt afim de tumultoar a vida dos outros.... De uma coisa tenho ctz, a populacao nao ficou na duvida e acatou. Na Vila Formosa, Vila Ema, Vila Guarani, Sapopemba... nao se via ngm nas ruas, os comercios nao funcionavam... Os postos de combustivel tbm... A unica coisa que vi pela regiao... foram 3 viaturas, sendo duas da Forca Tatica e uma da Rota, que patrulhavam pela Av. Sapopemba. Ouvi boatos que integrantes da faccao planejavam explodir um posto na Av. Sapopemba... proximo a Vila Guarani... Onde na noite passada teria ocorrido um assasinato. As lotacoes que fazem a linha Metro Tatuape-Vila Guarani nao circularam no periodo da noite... Isto eu comprovei, pois parti com meu taxi pro Tatuape para fazer corridas trazendo os passageiros que utilizam estas lotacoes.

Ate quando vamos esperar por uma atitude do Sr. Secretario de Seguranca Publica.....

Os perigos...













































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Os perigos do maniqueísmo
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 08:28

Por Marco Antonio L.

Do Direto da Redação

O perigoso mundo do maniqueísmo

Por Rodolpho Motta Lima

O dicionário define maniqueísmo, em seu sentido extensivo, como uma “doutrina que se funda em princípios opostos, bem e mal”. Suas origens remontam a uma concepção religiosa surgida na Pérsia e disseminada pelo mundo, mas não é minha intenção aqui ir além dessa consideração histórica. Importa-me, nesta oportunidade, perceber que tal visão – presente como fundamental em praticamente todas as religiões - espalha-se para outros domínios, sendo exaustivamente encontradas nas narrativas mais antigas e nas contemporâneas, nos dramas de então e de agora, em um rol de dicotomias de tipo mais que variado. Pense, por exemplo, na Cinderela e na madrasta má do conto infantil, no lobo e na ovelha da fábula, no lado luminoso e no escuro da Força na Guerra das Estrelas. Pense nas incontáveis histórias que envolvem os bons terráqueos e os terríveis extraterrenos. Pense nos fundamentalismos maniqueístas espalhados pelo mundo, no Oriente e no nosso Ocidente. Pense em Carminha e Nina, se quiser...O problema é que, a partir dessa visão dualista, um lado sempre se arvora como representativo ou exemplificativo do Bem, reservando para o outro as características negativas, tudo isso cercado de profunda radicalização absolutista.

Li em algum lugar – como exemplo dessa ótica enraizada desde tenra idade nas nossas mentes e nos corações – a história de um pai que, ao perguntar à sua filha de 4 anos o que era o Bem, ouviu dela, com a honestidade que cerca as palavras das crianças, a resposta : “Ué, o Bem somos nós”...

O dia a dia nos apresenta no mundo de hoje diversos exemplos dessa visão maniqueísta que parte de dois princípios antagônicos e irredutíveis. No futebol, centenas de exemplos copiam o carioca Vasco x Flamengo ou o gaúcho Grêmio x Internacional, para ficarmos apenas em mínimos exemplos da realidade nacional. Como em outras esferas, ouso dizer que em todas elas, o pensamento e as ações alheias são desqualificadas como malignas, negativas, irreversivelmente dignas de repúdio, e as nossas ideias ,atitudes e gostos, mesmo estranháveis, têm sempre uma justificativa positiva...

Vendo a vida e o mundo por um único e inarredável prisma, temos profunda dificuldade em reconhecer as virtudes do Outro, ou a existência de uma zona cinzenta onde a razão e a verdade se diluem através das contribuições de ambos os lados. Na História do mundo, é recorrente esse posicionamento de negar validade aos valores alheios, invariavelmente “errados” diante dos nossos “acertos”. Os “bárbaros” de todo gênero, os arrogantes romanos conquistadores, os fanáticos cruzados da Idade Média, os brutais colonizadores espanhóis, os ingênuos soldados americanos de muitas invasões, e os iludidos soldados nazistas alemães, por exemplo, provavelmente se enxergaram como agentes do Bem...

Por tudo isso, o raciocínio maniqueísta – enraizado na maioria das cabeças – é , para muitos espertos, um instrumento de manipulação de pessoas incapazes de distinguir , entre todas as cores e seus matizes, algo além do preto e do branco. Estigmatizando os outros como exemplares do Mal, pretensiosos representantes do Bem já levaram massas humanas à desgraça, ao sofrimento, quando não à destruição.

A política é um campo fértil para o germinar do maniqueísmo e todos devemos estar sempre atentos diante desse perigoso inimigo do homem. Não me excluo dessa atenção e, embora procure sempre ter cuidado ao despir minhas posições de sectarismos ou reducionismos, talvez nem sempre o consiga, no afã de defender uma causa que julgo justa ou de criticar posturas que considero indignas.

Esses comentários vêm a propósito da indisfarçável intenção, por parte de alguns setores da mídia nacional, de estigmatizar todo um segmento político-ideológico, em uma falsa generalização a partir de erros cometidos por alguns. São pessoas e organizações que usam da sua influência e de um posicionamento nem sempre meritório que a democracia ironicamente lhes confere para demonizar todo um projeto que busca, através de programas sociais, mitigar (na impossibilidade de extinguir ) as profundas desigualdades sociais que recheiam a nossa realidade.

Para essa turma, a corrupção foi introduzida no país pelos segmentos de esquerda que foram levados ao poder pela “equivocada” eleição popular. Para eles, a corrupção jamais existiu antes entre nós, e seguramente não existirá no futuro, desde que consumada a derrubada do Mal encastelado no atual poder, se possível por um golpe sutil que se vá construindo vagarosamente. Para esses hipócritas do Bem, antes não se compraram votos de congressistas para permitir reeleição de Presidente, não se escreveu a triste história da Privataria Tucana, e, mais recentemente, não jorraram as pérfidas águas de uma cachoeira de malfeitos da quadrilha goiana, não existiu um cada vez mais sepultado mensalão mineiro, Arruda e Demóstenes foram seres de ficção, provavelmente inventados pelo Mal.

Estamos no limiar de momentos sérios por que passarão a cidadania e a democracia brasileiras. Há indícios de um conluio (uma quadrilha?) para provocar a instabilidade social e, como objetivo final, o descrédito do Governo, através de uma posição fundamentalista de causar inveja às seitas mais radicais. Para nos convencer de que esse perigo não existe, é muito simples: queremos um poder judiciário, um Supremo, que nos mostre, com ações tão contundentes quanto as de agora, que não se encontra a serviço desse tal maniqueísmo, enxergando as falcatruas, fraudes e corrupções onde quer que estejam, principalmente no seio de falsos representantes do Bem.

*Advogado formado pela UFRJ-RJ (antiga Universidade de Brasil) e professor de Língua Portuguesa do Rio de Janeiro, formado pela UERJ , com atividade em diversas instituições do Rio de Janeiro. Com militância política nos anos da ditadura, particularmente no movimento estudantil. Funcionário aposentado do Banco do Brasil









































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Em São Paulo, polícia cerca favela de Paraisópolis
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 08:37

Do Estadão

Governo diz que ordem para matar PMs saiu de Paraisópolis e cerca favela

Com 600 homens, operação deve durar pelo menos um mês; objetivo é asfixiar tráfico de drogas e causar prejuízo aos negócios do PCC

Bruno Paes Manso, Marcelo Godoy e William Cardoso

SÃO PAULO - Atentados contra policiais militares foram ordenados por traficantes de Paraisópolis, na zona sul. Nesta segunda-feira, 29, pela primeira vez, o governo admitiu que foi de bandidos dessa comunidade que partiu a determinação de executar policiais. "Dali emanaram algumas ordens de atentados contra PMs", afirmou o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, minutos antes de chegar à favela, ocupada horas antes por 600 homens da Tropa de Choque da PM.

O objetivo é asfixiar o tráfico de drogas e causar prejuízos ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação na segunda maior favela de São Paulo deve durar pelo menos um mês.

A guerra não declarada entre PCC e PM é apontada por especialistas como a principal causa do aumento de homicídios - no mês de setembro, eles cresceram 96% na capital, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Muitas das execuções de policiais são seguidas por ações de criminosos em motos ou carros, que, mascarados, atiram indiscriminadamente contra suspeitos de usar drogas ou supostos ladrões ou traficantes. Famílias de vítimas denunciam a ação de policiais.

Oficialmente, o secretaria informa que o objetivo da operação em Paraisópolis é "combater o tráfico de drogas e diminuir roubos na região, além de dar sossego a quem vive na comunidade". Mas dados de criminalidade mostram que a região registrou apenas um assassinato no mês passado e queda de roubos e furtos, em relação à agosto.

O que torna Paraisópolis importante do ponto de vista criminal é o fato de a comunidade ter virado uma espécie de esconderijo de traficantes do PCC e ladrões que agem no Morumbi. Policiais ocuparam a comunidade após investigação que contou com grampos telefônicos e infiltração de agentes na região. Foram apreendidos 130 kg de maconha, 6 kg de cocaína, 50 frascos de lança-perfume, um fuzil. Também foi preso Edson Santos, de 31 anos, o Nenê. Ele é acusado de ser o "disciplina" do PCC em Paraisópolis, responsável pelo "tribunal do crime" na região. Os "julgamentos" ocorriam no campo do Palmeirinha, tomado nesta segunda pela Tropa de Choque. Nenê era o braço direito do chefão do tráfico na favela: Francisco Antônio Cesário da Silva, o Piauí, preso em 26 de agosto pela Polícia Federal em Itajaí (SC).

Segundo o deputado Major Olímpio, o traficante disse aos policiais que o prenderam que a ordem da facção é matar um PM a cada integrante do PCC preso e matar dois PMs a cada bandido morto. O vereador eleito Conte Lopes (PTB) disse que ouviu a mesma informação. "Nossa área de inteligência o localizou (Piauí) e entrou em contato com a PF, que fez a prisão", explicou o secretário.

Ferreira Pinto afirmou ainda que a operação em Paraisópolis é "só a primeira de outras que devem ser feitas pela PM para combater a onda de homicídios". Mas tentou mais uma vez minimizar o poder do PCC, afirmando que o tráfico não é monopólio da facção.

Críticas. Na favela, a presença de PMs a cavalo e fortemente armados causou estranheza e críticas. Moradores reclamam de não terem sido informados. Apesar do aparato policial, até o início da noite o comércio funcionava normalmente








































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Estadão diz que Serra se enforcou na própria corda
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 08:40

Do Estadão

Prevaleceu a intuição de Lula

E, afinal, manteve-se o padrão nesta cidade onde, em sete eleições sob o regime democrático, apenas um prefeito (Paulo Maluf) conseguiu fazer o seu sucessor (Celso Pitta) e apenas um (Gilberto Kassab) conseguiu se reeleger. Nas suas avaliações, o ex-presidente Lula há de ter levado em conta esse retrospecto, quando decidiu transformar a disputa pela Prefeitura paulistana no teste de vida ou morte para a sua obsessão de tirar do PSDB a liderança política no Estado onde também o PT tem as suas raízes. Mas, ao impor ao partido a candidatura do ministro da Educação Fernando Haddad, como fizera em 2010 com outra novata em eleições, Dilma Rousseff, ele decerto intuiu que não bastaria dar uma nova chance à ex-prefeita Marta Suplicy, derrotada em duas eleições consecutivas e ávida pela desforra, para que a tradição da alternância se confirmasse por inércia. Esse foi o seu primeiro achado. O segundo consistiu na escolha do "poste" da vez.

Jovem, professor universitário, de classe média, bons modos e boa estampa, que poderia passar perfeitamente bem por um tucano de carteirinha, Haddad tinha o perfil certo para ser aceito por uma parcela eventualmente decisiva do eleitorado antipetista majoritário no centro expandido da capital. Lula aprendeu com o passado que esse devia ser o público-alvo da campanha, para trazer os votos que as zonas sul e leste fiéis não poderiam suprir por si sós. Faltou prever que uma figura familiar nessas extensões tivesse a esperteza de ocupar o lugar reservado para o nome do PT, de quem muito poucos tinham ouvido falar. Mas a inesperada ascensão de Celso Russomanno se converteu em queda livre quando, escoltado por Lula e Dilma, Haddad mostrou os seus documentos no horário eleitoral - enquanto o adversário insistia na proposta desastrosa, pronta para ser demolida, de fixar as tarifas de ônibus por distância percorrida.

Restabelecida a arraigada polarização PT-PSDB, Serra "se enforcou na própria corda", como diria, no habitual tom azedo, Marta Suplicy. Ele carregou campanha acima o peso de ter largado a Prefeitura aos 15 meses de mandato e a servidão da grande impopularidade do seu vice e sucessor, Kassab. Além disso, ignorou que os eleitores não gostam em geral de candidatos agressivos e atacou Haddad com as armas do "kit-gay" e do mensalão - as duas negaram fogo. Deu no que deu: em proporção, o tucano perdeu nos redutos do PT mais do que ganhou nas suas zonas de conforto. Em sete dessas, aliás, a maioria preferiu o oponente. O mesmo se deu nas sete regiões indefinidas, ou pendulares. Em suma, eleitores não petistas e até antipetistas ou se abstiveram, votaram em branco e anularam o voto (cerca de 30% do total) ou preferiram Haddad, ajudando a fazer de Lula o grande vencedor singular do ciclo eleitoral deste ano.

Em âmbito nacional, o PSB do governador pernambucano Eduardo Campos roubou a cena, aumentando em 42% - para 441 - o estoque de municípios conquistados. Kassab, apesar do naufrágio em São Paulo, também fez boa figura na estreia eleitoral do seu PSD, com 497 vitórias, quase sempre em cidades pequenas. O segundo turno, de todo modo, manteve nos seus postos a elite do sistema partidário. Embora a taxa de reeleição tenha despencado para 55% nas capitais e 11 siglas tenham conseguido eleger prefeitos nessas 26 praças, apenas 4 partidos governarão a partir de janeiro 60% dos 140,6 milhões de eleitores brasileiros. São eles, pela ordem, PT, PMDB, PSDB e PSB. As mesmas quatro legendas (com o PMDB e o PSB trocando de lugar) controlarão os 83 municípios com mais de 200 mil eleitores, onde pode haver dois turnos.

O quadro é semelhante no conjunto dos 5.556 municípios do País. Pouco mais da metade deles (51%) será administrada ou pelo PMDB (1.027 prefeitos), ou pelo PSDB (702), ou pelo PT (635), ou pelo PSD (com os já citados 497). Mas o PMDB é tipicamente o partido das cidades médias para menos. À parte o PSB, o PT foi o partido que revelou a mais firme trajetória de alta, com um ganho de 14%. O êxito de Haddad em São Paulo tornou a consagrar a liderança de Lula, compensando as derrotas que sofreu em outros embates do segundo turno que fez questão de travar ostensivamente. Ainda assim, o PT só levou 16 das 83 maiores prefeituras do País








































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A Ostra e o Vento, pelo Quarteto Maogani
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 16:00



Por Gui Oliveira


Vídeos

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As melhores capas do JT
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 08:50

Por andre bezerra


Nassif, que tal um posto com as melhores capas do JT?  A derrota da copa de 1982, o nariz de pinóquio do Maluf (Paulipetro), a eleição do Jânio para prefeito...

Por LN

A bola está com vocês.








































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Metas de esforço fiscal não serão cumpridas
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 09:10

Por Marco Antonio L.

Da Agência Brasil

Estados e municípios não deverão cumprir meta de esforço fiscal em 2012, diz secretário do Tesouro

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Os estados e municípios não deverão cumprir a meta de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – este ano, admitiu hoje (29) o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin. Segundo ele, a crise econômica interferiu nas receitas das prefeituras e dos governos estaduais e impedirá esses entes públicos de economizar os R$ 42,85 bilhões estipulados para 2012.

“Os estados e municípios tendem a dar primário abaixo do previsto. A programação é nesse sentido. Minha estimativa, para estados e municípios, é de não cumprimento [da meta de superávit primário]. Isso tem a ver com as medidas normais em um ano de receitas baixas”, disse o secretário ao explicar o resultado primário de R$ 1,256 bilhão em setembro, o menor para o mês desde 2009.

De acordo com Augustin, as medidas de ajuda aos estados e municípios também dificultarão o cumprimento da meta. Isso porque o governo federal tem estimulado a manutenção dos investimentos das prefeituras e pelos governos estaduais, o que contribui para que os gastos não caiam. “Temos alguns programas de financiamento, que trabalhamos ao longo do ano, que têm por objetivo sustentar o investimento destes entes”, completou o secretário.

A meta fiscal para os estados e municípios prevista na Lei Orçamentária deste ano corresponde a R$ 42,85 bilhões. O Governo Central (União, Previdência Social e Banco Central) tem de economizar R$ 96,97 bilhões, o que totaliza um superávit primário de R$ 139,82 bilhões para o setor público, equivalente a 3,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

Caso os estados e municípios não alcancem a meta, o Tesouro Nacional tem de fazer uma economia extra e compensar a diferença. No entanto, o superávit primário de janeiro a setembro do Governo Central totaliza R$ 54,7 bilhões, 27,3% abaixo do valor obtido nos mesmos meses do ano passado e equivalente a 56% da meta de R$ 96,97 bilhões fixada para a União.

Apesar de o Governo Central precisar economizar R$ 42,2 bilhões nos últimos três meses do ano para alcançar a meta cheia, sem contar um eventual reforço para compensar os estados e municípios, Augustin reiterou que o Tesouro Nacional continua mirando a meta cheia. Ele voltou a descartar a possibilidade de o governo federal usar o mecanismo que permite abater os gastos com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do esforço fiscal, que diminuiria o superávit a ser alcançado.

“Nos últimos meses, o superávit primário foi fraco, mas haverá recuperação das receitas nos meses subsequentes. Esperamos um resultado forte para outubro e para dezembro porque são meses em que há grande concentração de pagamento de impostos [que impulsionam a receita do Tesouro Nacional]”, declarou.

Na avaliação do secretário, as medidas de estímulo à economia anunciadas no início e no meio do ano somente agora começarão a fazer efeito de forma mais intensa. Apesar de várias dessas ações envolverem desonerações (redução de impostos que diminuem a receita do governo), Augustin assegurou que a arrecadação voltará a reagir nos próximos meses. “Nossa prioridade ao longo de 2012 tem sido medidas para melhorar a economia. Existe uma defasagem para elas fazerem efeito, mas os fatos econômicos indicam que haverá recuperação das receitas”, disse









































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A revisão do portfólio do Grupo Estado
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 09:19

Do Estadão

Grupo Estado anuncia revisão de portfólio

‘Jornal da Tarde’ deixa de circular; ‘Jornal do Carro’ será incorporado ao ‘Estadão’ a partir da próxima semana e ganhará versão online em 2013

SÃO PAULO - O Jornal da Tarde deixará de circular por uma decisão empresarial, tomada para o aprimoramento do foco estratégico do Grupo Estado. A última edição sairá no dia 31 de outubro. A determinação leva em conta o objetivo de investir na marcaEstadão com uma estratégia multiplataforma integrada (papel, digital, áudio e vídeo e mobile), para levar maior volume de conteúdo a mais leitores, sem barreira de distância e custos de distribuição.

"Hoje, o meio jornal é a segunda mídia mais importante para a publicidade, com o dobro de participação do terceiro colocado. Daí a estratégia de focar no Estadão, principal marca do Grupo, e de investir em uma plataforma digital mais robusta e avançada", declara Francisco Mesquita Neto, diretor presidente do Grupo Estado.

Mas a grande novidade estará num importante legado do JT: o Jornal do Carro, maior sucesso editorial do mercado de automóveis. A partir da próxima quarta-feira, dia 7 de novembro, o Jornal do Carro passa a circular encartado no Estadão, ampliado e com novas seções. O Jornal do Carro será a nova marca dos Classificados de Autos doEstadão também às quintas, sábados e domingos.

O novo Jornal do Carro será uma plataforma multimídia de alcance nacional. Aos cadernos semanais publicados no Estadão se somarão, em 2013, um portal com o melhor conteúdo do setor, dicas de compra e exclusiva tabela de preços online, revistas sazonais e eventos, além do já existente programa aos sábados na rádio Estadão ESPN(FM 92,9 e AM 700).

O JT deixará de existir, mas suas principais contribuições permanecem no seu irmão mais velho, o Estadão. Os leitores do JT - que nos últimos anos se aproximaram do universo de leitores do Estadão - já podem perceber esta proximidade por meio da vibração e qualidade do caderno de Esportes, do olhar atento do Metrópole e da criatividade e prestação de serviços do Divirta-se, marca original do JT, que circula toda sexta-feira no Estadão.

Com o objetivo de ampliar a estratégia de marcas que compõem o universo do Estadão, junto ao Jornal do Carro somam-se outros importantes títulos que já marcam a cobertura qualificada do jornal, como os cadernos Paladar, Viagem, Caderno 2, Casa,Economia & Negócios, Link, entre outros. "O Estadão é o jornal número um na Grande São Paulo e, com essas mudanças, vai ficar ainda mais forte", reforça Francisco Mesquita Neto.

Ao longo de seus 46 anos de circulação, o JT foi polo de inovação e criatividade e, com seus premiados jornalismo e design gráfico e sua prestação de serviços, influenciou gerações de leitores e de profissionais da comunicação. "O Grupo Estado agradece aos leitores do Jornal da Tarde por todos os anos de convivência, aos anunciantes, pelo apoio com que sempre nos prestigiaram, e a todos os profissionais que participaram dessa história: jornalistas, colunistas, publicitários, equipe de arte, integrantes das áreas comercial e administrativa, e das áreas de produção e distribuição", finaliza Mesquita Neto








































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Apesar de queda, PT continua com maioria das grandes cidades
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 09:29

Por Marco Antonio L.

Na Carta Capital

PT leva tombo, mas segue como o maior partido nas cidades grandes

José Antonio Lima

O segundo turno das eleições municipais pelo País confirmou uma tendência verificada ainda no primeiro turno. Embora tenha conquistado São Paulo, a maior cidade brasileira, o PT sofreu um grande tombo em vários dos municípios mais populosos. Ainda assim, continua com o maior número de prefeituras nas 186 cidades com mais de 100 mil eleitores. O partido é seguido pelo PSDB, que teve uma expressiva alta, pelo PMDB, que caiu, e pelo PSB, sigla que deixou as urnas com motivos para comemorar. Somados os números de eleitores, o PT é hoje a legenda que governa para mais pessoas no Brasil.

Antes das eleições, o Partido dos Trabalhadores comandava 46 das 186 maiores cidades do país. A partir de 2013, o partido terá 32 prefeitos. A queda maior ocorreu nos municípios com um número de eleitores entre 150 mil e 200 mil. Nas 36 cidades deste recorte, o partido tinha 13 prefeituras e conquistou apenas cinco. Nos 83 municípios com mais de 200 eleitores, o PT caiu de 21 para 16 prefeitos.

Mesmo com a perda de 14 cidades entre as 186 maiores, o PT continuará governando um grande número de eleitores. São 17,5 milhões de um total de 64,1 milhões, o equivalente a 27% do total. Além de São Paulo (que faz a diferença, com seus 8,6 milhões de eleitores), o PT ganhou nas outras quatro maiores cidades da Grande São Paulo – Guarulhos (825 mil eleitores), São Bernardo do Campo (574 mil), Santo André (553 mil) e Osasco (543 mil) – e em outros grandes municípios, como Goiânia (850 mil), João Pessoa (480 mil), São José dos Campos (455 mil) e Uberlândia (444 mil).

PSDB e PSB crescem

O PSDB teve o maior ganho entre todos os partidos nas cidades com mais de 100 mil eleitores, passando de 19 prefeituras antes das eleições para 31 em 2013, tornando-se o segundo maior partido neste recorte, com um município a menos que o PT. Os tucanos ganharam seis cidades a mais entre as 83 maiores (foram de 9 para 15), com destaque para as capitais Manaus (1,1 milhão de eleitores) e Belém (1 milhão). Outros municípios importantes nas mãos do PSDB são Teresina (531 mil eleitores), Maceió (500 mil), Sorocaba (427 mil), no interior paulista, e Jaboatão dos Guararapes (416 mil), região metropolitana de Recife.

No total de eleitores governados nos 100 maiores municípios, o PSDB aparece em terceiro lugar, com 8,8 milhões. O quarto colocado neste quesito é o PSB, com 8,7 milhões de eleitores.

Os socialistas tinham nove das 186 maiores cidades e agora têm 18. O PSB conseguiu se destacar nos maiores municípios. Além de ganhar cinco capitais (Belo Horizonte, Fortaleza, Recife, Cuiabá e Porto velho), o partido conquistou cidades importantes, como Campinas (785 mil eleitores) e Duque de Caxias (602 mil), respectivamente os terceiros maiores colégios eleitorais de São Paulo e Rio de Janeiro.

PMDB tem o segundo maior eleitorado

Assim como ocorreu com o PT, o PMDB sofreu uma queda expressiva (perdeu sete prefeituras no universo das 186 maiores), mas continua com força. A legenda tem 29 municípios sob controle, com uma quantidade de eleitores de 10,1 milhões. As maiores cidades com prefeitos do PMDB são Rio de Janeiro (4,7 milhões de eleitores), Nova Iguaçu (561 mil), Juiz de Fora (386 mil) e Joinville (369 mil).

Os dez partidos com mais prefeituras nos 186 maiores municípios

PT - 32 municípios, com 17,5 milhões de eleitores
PSDB - 31 municípios, com 8,8 milhões de eleitores
PMDB - 29 municípios, com 10,1 milhões de eleitores
PSB - 18 municípios, com 8,7 milhões de eleitores
PSD - 12 municípios, com 2,3 milhões de eleitores
PDT - 11 municípios, com 4,2 milhões de eleitores
PP - 11 municípios, com 2 milhões de eleitores
DEM - 8 municípios, com 3,6 milhões de eleitores
PPS - 7 municípios, com 1,2 milhão de eleitores
PCdoB - 6 municípios, com 1,5 milhão de eleitores

Quem tem mais municípios no geral?

Na totalidade dos mais de 5,5 mil municípios brasileiros, o segundo turno confirmou que o PMDB ainda é o maior partido. A sigla, entretanto, está em queda. Neste ano, segundo levantamento do portal G1, o PMDB elegeu 1.031 prefeitos, contra 1.201 de em 2008, queda de 14,15%. O PSDB aparece em segundo lugar, com 702 municípios, 11,12% a menos que os 791 de 2008.

O PT aparece em terceiro lugar, com 636 municípios. O partido é, junto com o PSB, um dos poucos que cresceu. Em 2002, o PT elegeu 558 prefeitos, 13,98% a menos que neste ano.

Em quarto lugar aparece o PSD, com 497 municípios. Não é possível medir o crescimento da sigla, já que ela foi criada depois das eleições de 2008. O quinto maior partido é o PP, com 467 municípios 15,25% menos que os 551 de 2008. O PSB é o sexto partido, com 443 prefeituras, 42,9% a mais que os 310 de 2008.

A lista dos dez maiores partidos em todo o Brasil

PMDB - 1.031 prefeituras, com 23,1 milhões de eleitores
PSDB - 702 prefeituras, com 16,5 milhões de eleitores
PT - 636 prefeituras, com 27 milhões de eleitores
PSD - 497 prefeituras, com 8,65 milhões de eleitores
PP - 467 prefeituras, com 7,2 milhões de eleitores
PSB - 443 prefeituras, com 15,3 milhões de eleitores
PDT - 311 prefeituras, com 9,05 milhões de eleitores
PTB - 294 prefeituras, com 4 milhões de eleitores
DEM - 277 prefeituras, com 6,7 milhões de eleitores
PR - 273 prefeituras, com 4,18 milhões de eleitores









































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A questão da infraestrutura abordada pelos jornais
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 09:45

Por Marco Antonio L.

Do Observatório da Imprensa

Mais consumo que cidadania, um tema para os jornais

Por Rolf Kuntz

Meio Brasil mora sem condições adequadas, sem saneamento, sem água, sem coleta de lixo e com mais de duas pessoas por dormitório, informou na quarta-feira (17/10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só o Globo abriu uma grande chamada no alto da primeira página, no dia seguinte, com o segundo maior título da capa e um gráfico de barras. O assunto abriu o caderno de Economia, com fotos e novos gráficos. Outros jornais publicaram a notícia, mas nenhum explorou tanto essas informações. Na edição de sexta-feira (19) o Valor retomou o assunto, valorizando o contraste entre o aumento de renda, notável na última década, e a deficiência dos serviços públicos.

O governo contribuiu para a incorporação de milhões de famílias ao mercado e a expansão do número de consumidores. Os jornais chamaram a atenção para isso. Mas acentuaram também a incapacidade do setor público de expandir os serviços e de elevar sua qualidade. A deficiência vai além das funções mais elementares, como as atividades de saneamento.

A semana havia começado com a história de um avião parado por 46 horas na pista do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), por causa de uma avaria. Só nesse aeroporto, 495 voos foram cancelados e pelo menos 40 mil passageiros foram prejudicados. A paralisação de Viracopos causou transtornos em outros aeroportos, provocando congestionamentos e atrasos.

Mais uma vez foi escancarada a ineficiência operacional e administrativa. Só a TAM dispunha do equipamento para remover o avião. Além disso, autoridades do setor só se reuniram para discutir o assunto na segunda-feira (15/10), embora o acidente tivesse ocorrido às 19h50 de sábado (13).Todos os grandes jornais deram destaque ao assunto.

O Globo se distinguiu ao publicar a matéria como abertura do caderno de Economia. Nenhuma regra determina se é preciso tratar um assunto desse tipo como econômico ou “geral”. A decisão do Globo realçou as deficiências da infraestrutura como um dos mais importantes gargalos da economia.

Guerra fiscal

Outro grande tema da semana foi o veto da presidente Dilma Rousseff a vários dispositivos do recém-aprovado Código Florestal. Os jornais deram amplo espaço ao tema tanto na quinta-feira (18) quanto na sexta. Tanto ruralistas quanto ambientalistas anunciaram disposição de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o uso de um decreto, pela presidente, para definir critérios de conservação.

O decreto, segundo os dois grupos, foi além da mera regulamentação de normas fixadas pelo Legislativo. Os dois lados tinham queixas diferentes quanto ao conteúdo do decreto, mas indicaram a mesma fundamentação para o recurso ao Judiciário: a presidente da República teria extrapolado suas atribuições e usurpado uma função do Congresso. Todos os grandes jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro publicaram esses dados. Mas ninguém tomou a iniciativa óbvia de pautar uma consulta a juristas em condições de opinar sobre a constitucionalidade do ato presidencial.

Esse detalhe, no entanto, é de imensa importância: quais serão os desdobramentos possíveis, se esse decreto for considerado constitucional? Será preciso repensar os limites da ação presidencial? Curiosamente, questões institucionais parecem atrair pouca atenção de editores e pauteiros, embora sejam fundamentais para a amplitude e a segurança da própria atividade jornalística.

Um raro exemplo de atenção a um tema institucional foi a matéria do Estado de S.Paulo de sábado (20/10) sobre a aprovação, pela Comissão de Infraestrutura do Senado, de uma importante mudança nas regras de funcionamento do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). Se a inovação for adotada, bastarão três quintos dos votos para a aprovação de incentivos fiscais concedidos por um ou por alguns dos governos estaduais. Pelas normas em vigor, é necessária unanimidade dos membros do Confaz, onde estão representados todos os estados e o Distrito Federal. Será a oficialização da guerra fiscal.

Questões fundamentais

Falta um longo percurso para o projeto virar lei. O texto ainda será submetido à Comissão de Assuntos Econômicos e ao plenário do Senado. Depois disso haverá a tramitação na Câmara dos Deputados.

Temas dessa importância são frequentemente ignorados ou negligenciados pelos jornais até o momento final ou, às vezes, até depois da aprovação do projeto, quando só falta a sanção presidencial. Com isso se reduz perigosamente o debate público de assuntos de enorme importância.

Ponto para o Estadão, por ter publicado essa notícia. Os jornais dariam uma contribuição bem maior ao debate político se dedicassem mais atenção a questões institucionais aparentemente muito técnicas e desinteressantes, mas fundamentais para o dia a dia do país.

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[Rolf Kuntz é jornalista



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A transição na prefeitura paulistana
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 09:56

Por Marco Antonio L.

Da Rede Brasil Atual

Em coletiva, Haddad diz que conversa com Alckmin será republicana

Prefeito eleito de São Paulo diz que é preciso usar o imposto de maneira inteligente para que os empresários ajudem a organizar a cidade de maneira equilibrada

Por: Eduardo Maretti

São Paulo – O prefeito eleito pelo PT em São Paulo, Fernando Haddad, concedeu na tarde de hoje (29) sua primeira entrevista coletiva após a eleição. Nela, com seu estilo ponderado e diplomático, falou do seu relacionamento com o governador Geraldo Alckmin (PSDB), com o prefeito Gilberto Kassab (PSD) e de algumas propostas de seu programa de governo, como a reforma urbana.

Sobre Alckmin, o novo prefeito da capital disse que em encontro que teve com ele há alguns anos em seu gabinete no Ministério da Educação, pareceu-lhe "uma pessoa sinceramente interessada em aproximar-se, buscar entendimento". Amanhã (30) ocorre o primeiro encontro entre o prefeito eleito e o governador de São Paulo.

Haddad falou ainda como será seu relacionamento com setores da cidade que votaram em Serra. "Fizemos o modelo de governo para todos, e é isso que pretendo fazer, obviamente que com uma atenção aos que mais precisam do poder público", disse.

Leia os principais trechos da entrevista do prefeito eleito

Reforma urbana

"Precisamos garantir mais moradia nos bairros onde há emprego, e mais emprego nos bairros-dormitório. Há uma extensa legislação a ser alterada, a começar do plano diretor, passando pelo Código de Obras, Lei de Zoneamento, o próprio sistema tributário municipal. Precisamos usar o imposto de maneira inteligente para os empresários nos ajudarem a organizar a cidade de maneira equilibrada, e isso é uma providência que precisamos aprovar no primeiro ano de gestão, porque é muito importante o valor e a força do recado das urnas. Precisamos fazer a reforma urbana que a cidade precisa. A rigor desde os anos 1970 a cidade está à espera dessa reforma urbana. É a primeira vez que a cidade discute o desenho urbano numa eleição."

Estrutura de governo

"Na campanha defendi a criação da Secretaria das Mulheres e da subprefeitura de Sapopemba. Mas não descarto a possibilidade de outras mudanças que vamos analisar a partir da semana que vem. Aquilo que foi prometido na campanha será feito."

Segurança e subprefeituras

"Fomos nós que criamos a secretaria de segurança. Ela foi desativada e depois reativada. Eu pretendo mantê-la, portanto. Ela terá um escopo novo. Pretendo reforçar o caráter comunitário, tanto da Guarda Civil quanto da Operação Delegada. Haverá uma abrangência delas, e sobretudo nesse momento em que vivemos uma sitiuação difícil em São Paulo, a atuação setorial dessas corporações sob comando do prefeito terá um impacto positivo nas comunidades que hoje vivem uma insegurança muito recorrente. Mas é uma ação complexa, não é uma ação envolvendo uma ação só com a presença física da polícia, mesmo que com caráter comunitário, mas também a ação social e de monitoramento, um conjunto de ações que vão trazer uma sensação de segurança maior. Queremos uma reconciliação de São Paulo com o Brasil, porque é essa reconciliação que vai permitir que a periferia se reconcilie com o centro. Posso assegurar que uma coisa tem muito a ver com a outra. Se soubermos aproveitar as oportunidades que os programas federais nos apresentam, vamos reduzir as desigualdades dentro da nossa cidade."

"A presidenta Dilma me pediu pra me encontrar com o ministro Guido [Mantega, da Fazenda], de quem fui assessor no Planejamento, e estabelecer com ele uma dinâmica de trabalho e explorando todas as possibilidades de fortalecimento da parceria com o governo federal em São Paulo. Nós teremos efetivamente um tratamento de metrópole, estratégico para o desenvolvimento do país.

Diálogo com os eleitores do Serra e PSDB e setores refratários ao PT

"Nós crescemos em todos os bairros em 2008, independentemente da questão numérica. Inclusive, desde 2000 não crescíamos no centro, e fincamos uma bandeira na Santa Ifigênia. Pra mim é muito significativo, por razões históricas. Então a cidade está aberta ao diálogo. Fizemos o modelo de governo para todos, e é isso que pretendo fazer, obviamente que com uma atenção aos que mais precisam do poder público, mas também aos que dependem menos, porque têm uma agenda de cidadania: a questão ética, a ambiental, qualidade de vida, cenário urbano, do sentir-se seguro, da cidade como lugar de encontro, de conhecimento, de cultura, isso tudo está na agenda, e nosso plano de governo dialoga com esses setores."

Santa Ifigênia e Nova Luz

"Tenho muito apreço pela região central da cidade, porque além de trabalhar na rua 25 de março eu frequentava o Brás e o Bom Retiro com um mostruário debaixo do braço. E entendo que elas dão enorme contribuição para a cidade, atraindo turismo de negócios praticamente do Brasil inteiro e até da América Latina. Podemos fazer um bom trabalho com moradores e lojistas para requalificar essas regiões, inclusive de rede hoteleira, ônibus intermunicipais, fretados ou não, tudo isso precisa ser trabalhado. Pretendo ter uma interlocução muito direta com associações de moradores e lojistas para estabelecer um tratamento adequado."

Morador de rua

"Vamos ter de recuperar uma parte de um trabalho que vinha sendo feito e foi interrompido em relação a uma abordagem intersetorial desse morador, um indivíduo com uma situação muito diferenciada. Precisamo acolher, e libertar, de certa maneira. Aí os programas federais vão ter um peso muito importante. Há muitos idosos de mais de 65 anos muito pobres que não estão cadastrados no programa Benefício de Prestação Continuada, que garante um salário mínimo a todo brasileiro nessa condição. Essa é apenas uma medida que pode ser tomada em benefício de alguns milhares de idosos que não sabem que têm esse benefício."

Kassab, transição e participação na base aliada

"Tudo aquilo o que estava sendo discutido com a prefeitura na gestão Gilberto Kassab e de José Serra vamos dar continuidade. Não vamos renunciar a nenhum real da cidade porque é um direito do cidadão. Kassab está há longo tempo num movimento de aproximação com o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Não sei no que vão resultar essas tratativas nesse momento pós-eleitoral com partidos próximos à presidenta Dilma. Vamos aguardar. Quanto aos vereadores do PSD, conheço alguns e sei que votariam em projetos importantes para a cidade."

Encontro com Geraldo Alckmin

"Tenho a melhor expectativa em relação ao encontro com o governador. Tive a oportunidade de recebê-lo em meu gabinete no Ministério da Educação, quando ele era secretário do então governador José Serra. E eu vi uma pessoa sinceramente interessada em aproximar-se, buscar entendimento, buscar convergência. Ele esteve no meu gabinete com humildade e teve seu pedido atendido. Esse tipo de gesto, dele em primeiro lugar, e meu, deixa suas marcas de um espírito republicano. Não colocarei nenhum interesse acima do interesse público no diálogo com ele


The Beatles: Michelle
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 10:00



Por Zuraya


Vídeos







































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A busca das saídas para São Paulo
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 08:00




 Autor:
Luis Nassif
Coluna Econômica

Eleito prefeito de São Paulo, o economista, cientista social e filósofo Fernando Haddad terá pela frente um dos maiores desafios da gestão pública mundial: como humanizar uma grande metrópole, no caso, uma das maiores e mais desiguais do planeta.

É  tarefa ciclópica que exigirá não apenas determinação política mas, também, diganósticos precisos.

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Tome-se o caso do ex-prefeito José Serra. Foi um belo Ministro da Saúde porque encontrou prontos, no MInistério, diagnósticos, conceitos e planos de ações, esperando apenas o empurrão. E atuou politicamente com coragem e determinação.

Na Prefeitura, sem dispor dessa visão completa que havia na Saúde, e aparentemente abrindo mão de qualquer esforço de aprendizado, Serra nada fez. Foi incapaz de pensar diagnósticos, não atraiu pensadores, gestores e, de olho nas campanhas futuras, flexibilizou o sistema de licenciamento de construção em níveis anteriormente só vistos na gestão Paulo Maluf.

Entrou prefeito e, depois, deixou a Prefeitura, sem entender pontos básicos de administração de metrópoles. A ponto de, tempos atrás, num evento em São Paulo - onde estava presente um economista norte-americano especialista em economia das cidades - criticar os ônibus por "atravancarem" o trânsito.

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Haddad entra com outro pique. Com uma formação mais vasta que Serra, já na montagem do seu plano de governo conseguiu trazer de volta para o PT grupos intelectuais que haviam debandado em função do escândalo do "mensalão". E também toda uma geração de urbanistas que desiludiu-se com a prefeitura depois que ela subordinou as principais decisões urbanísticas aos interesses da indústria imobiliária.

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Haddad assume com a intenção de retomar as rédeas do plano diretor, mas sabendo que a construção civil é um aliado imprescindível para a melhoria da cidade - desde que a prefeitura defina claramente as prioridades. O descontrole imobiliário, atendendo a temas imediatistas, no final do processo acaba sendo ruim para todos, inclusive para o setor imobiliário.

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Um dos pontos centrais da reforma urbana será o de aproximar os moradores do emprego. Haddad já apontou a política fiscal como indutora para levar mais empresas para as regiões pobres da cidade.

Há outros temas mais complexos, especialmente o da segregação de moradias, que faz com que toda a cadeia produtiva das classes de maior poder aquisitivo - empregados domésticos, prestadores de serviços, empregados de comércio - morem a quilômetros de distância do local de serviço.

Há um enorme espaço de reurbanização em zonas de interesse social nas quais se deverá experimentar a convivência de moradias caras com moradias populares.

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Mas o ponto central de uma administração moderna - enfatizada por Haddad em seu discurso inicial - será promover o diálogo com todas as formas de organização que habitam o microcosmo riquíssimo da metrópole.

Tomem-se as Organizações Sociais (OSs) de saúde. Úteis, sim. Mas, a exemplo do PAS de Paulo Maluf, anunciou-se mas não se implementou a perna principal: dar força aos conselhos de saúde, capazes de fiscalizar não apenas a qualidade dos serviços como os gastos de cada unidade.

A promoção dessa diálogo amplo - com intelectuais, especialistas, organizações populares e empresariais - poderá ser o ponto de partida para o reencontro da metrópole com seus moradores



Metade dos medicamentos na França são inúteis, diz pesquisa
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 15:06

Indústria Farmacêutica contra a Parede - Pesquisa examina 4 mil medicamentos na França e mostra que metade deles são inúteis
Por Bruno de Pierro, do Brasilianas.org / com agências internacionais
Levantamento realizado por pesquisadores franceses mostra que metade de todos os medicamentos prescritos por médicos na França são inúteis, 20% apresentam riscos aos  pacientes e 5% são perigosos. Os autores do Guia dos Medicamentos, os médicos Philippe Even e Bernard Debré, dedicam 900 páginas para mostrar os resultados de uma avaliação que examinou 4 mil medicamentos e os categorizaram em três diferentes grupos: úteis, inúteis e perigosos. Segundo Even e Debré, o governo francês economizaria mais de 10 bilhões de euros ao ano caso retirasse da lista do sistema de saúde os medicamentos considerados tecnicamente supérfluos ou que apresentam riscos. Isso ainda poderia prevenir mais de 20 mil mortes causadas pelo uso de medicamentos e reduzir até 100 mil internações em hospitais.
Em entrevista à revista Le Nouvel Observateur, que dedicou um dossiê de dez páginas sobre o guia em setembro, Even, que também é diretor do Instituto de Pesquisa Necker, disse que a publicação se baseia em informação científica, e que é resultado da análise de milhares de outras publicações. Uma das substâncias questionadas no guia é a estatina, usada no tratamento contra o colesterol alto (o LDL, considerado maléfico em níveis altos no organismo) e aterosclerose. De acordo com os autores, as estatinas são “engolidas” por 3 a 5 milhões de franceses e custam cerca de 2 bilhões de euros por ano ao Estado. Para Even e Debré, esta droga é “completamente desnecessária”. A “lista negra” ainda inclui anti-inflamatórios e medicamentos usados para problemas cardiovasculares, diabetes, osteoporose, contracepção, dores musculares e aqueles que são vendidos para acabar com o vício à nicotina.

Philippe Even and Bernard Debré (AFP Photo/Daniel Janin/Bertrand Guay)

A repercussão do estudo ainda está preservada na França, onde, porém, tem provocado revolta de médicos e setores da indústria farmacêutica. Enquanto os autores tentam mostrar o quanto a indústria farmacêutica é a “mais lucrativa, cínica e menos ética das indústrias”, a Federação Francesa de Alergia, por exemplo, afirma que “este livro pode provocar mortes e se baseia em afirmações não comprovadas”. Em outubro, jornais da França trouxeram a polêmica à tona, com manchetes repercutindo as listas dos medicamentos inúteis e dos perigosos. O Le Figaro, por exemplo, dedicou seis reportagens, entre setembro e outubro, para abordar o estudo. Em uma delas, fala-se em um “livro chocante” e, na mais recente, já se menciona o “incrível sucesso do Guia de Medicamentos”.
“O capitalismo tornou-se essencialmente especulativo, visando a rentabilidade. Gerentes de empresas exigem 20% de rendimento por ano, condenando-se a políticas de curto prazo absolutamente contraditórias, com a descoberta de novas drogas, que demandam pelo menos dez anos”, explicou Philippe Even à Observateur, ao ser questionado sobre a lógica das indústrias farmacêuticas em relação à criação de novos medicamentos. Mais adiante, Even completa: “Para ganhar mais dinheiro, a indústria tem tentado estender a toda França a ampliação das definições de doenças. E todos nós nos tornamos, assim, os hipertensos, os diabéticos, ou com hipercolesterolemia, com osteoporose. Os laboratórios, com o apoio de muitos especialistas, tem aumentado tratamentos preventivos, dados por 10 a 30 anos, para pessoas saudáveis, para prevenir doenças que jamais terão”.
Ainda sobre a indústria farmacêutica, Even explica que ela alega que gasta 5% para a pesquisa, 15% para o desenvolvimento e 10% para a fabricação, totalmente terceirizada na Índia ou no Brasil. “O setor de saúde está entre os mais lucrativos. Onde está a moralidade? Ele falha por um marketing e por um tráfico de influências para os quais investe nada menos do que 45% do seu volume de negócios”. O dossiê traz, também, artigos sobre a eficácia contestada dos medicamentos usados para o combate ao colesterol e a chamada Síndrome de Sissi, um transtorno descoberto em 1998, na Alemanha. Ele ocorre quando pessoas depressivas encobrem seu abatimento com um comportamento ativo e positivo diante da vida.
Em entrevista ao jornal britânico The Guardian , Even disse que a maioria das drogas criticadas no livro são produzidas por laboratórios franceses. Ele acusa a indústria farmacêutica de “empurrar” medicamentos a médicos que, depois, empurra-os para os pacientes. “É como um polvo com tentáculos que infiltrou todo o poder de decisão de organizações mundiais de saúde, governos, parlamentos, altas administrações em saúde e hospitais e da profissão médica”.

Capa da Observateur com dossiê especial sobre o estudo dos médicos franceses

Segundo o The Guardian, o consumo francês de medicação é de 36 bilhões de euros por ano, cerca de 532 euros por pessoa que tem uma média de 47 caixas de medicamentos por ano. O Estado cobre 77% do custo. Já na Inglaterra, o gasto com medicamentos chega a 271 libras por pessoa. Ao jornal, Even afirma que, ainda na Inglaterra, as pessoas tem a mesma expectativa de vida do que na França, aproximadamente 80 anos, e não são menos saudáveis, apesar do gasto ser menor com medicamentos.
"Nos últimos 40 anos os pacientes foram informados de que os medicamentos são necessários para eles. Então as pessoas pedem por eles. Hoje temos médicos que querem dar às pessoas medicamentos e pessoas doentes que pedem medicamentos. Não há nada de objetivo ou realista sobre isso”, completou Even durante a entrevista.
No site da Observateur, é possível visualizar um infográfico, em francês, com os 58 medicamentos considerados perigosos, segundo o Guia de Medicamentos. Clique aqui.
A reportagem completa do The Guardian pode ser acessada aqui.
E as reportagens sobre o levantamento no Le Figaro podem ser acessadas aqui.
  

Resurreción del Ángel, de Piazzolla
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 15:00
Por lucianohortencio
Vídeos:


A vitória do PT em São Paulo e a coesão interna do partido
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 10:29
Por Marco Antonio L.
Do Valor
Vitória em SP amplia coesão e cacife de Lula no PT
Por Caio Junqueira
O prefeito eleito ontem por São Paulo, Fernando Haddad, subscreveu em 2005 uma espécie de manifesto intitulado Mensagem ao Partido. A elaboração do texto foi liderada pelo então presidente do PT, Tarso Genro, e propunha a refundação da legenda na sequência da crise do mensalão. Uma clara oposição ao grupo que ficou conhecido como Campo Majoritário, cujos principais protagonistas -José Dirceu à frente- estampavam à época as páginas dos jornais em meio às denúncias do mensalão. O manifesto também inaugurou uma nova corrente partidária considerada mais à esquerda na sigla.
Desde então, Haddad passou a ser considerado como integrante da “Mensagem” e nunca questionou essa avaliação.
Até que no início deste ano, em uma reunião da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), o novo nome do antigo Campo Majoritário, ele passou por uma espécie de sabatina. O ponto alto ocorreu quando o deputado federal Ricardo Berzoini (SP) disse que era importante ele se posicionar sobre sua tendência interna e garantir que em caso de vitória não iria favorecer nenhuma das muitas correntes que compõem e disputam o poder interno da sigla. “Minha tendência é o PT”, respondeu.
Ali, foram selados dois rumos para o partido que o resultado de ontem nas urnas em São Paulo irá reforçar. A diminuição dos embates internos petistas que tanto caracterizaram o PT ao longo dos seus 32 anos de história e a condução do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma posição de influência como nunca antes exerceu sobre a legenda. Tanto que, relatam petistas, o que mais se ouve hoje nas conversas sobre tudo referente ao partido e ao governo é: “Já falou com o Lula?”.
Por essa razão, o debate das eleições internas no segundo semestre de 2013 se coloca hoje com ares de consenso: será eleito quem Lula indicar. Afinal, ele elegeu dois técnicos desconhecidos — Dilma Rousseff e Haddad — para os cargos mais importantes em disputa, respectivamente, em 2010 e em 2012.
Assim, é certo que o PT se curvará a ele em 2013. “É o Lula que vai decidir a próxima eleição interna. O fato de ele ter ganho a presidência duas vezes, eleito a Dilma e depois o Haddad enfraqueceu todas as tendências. Esse palco de tendências vai ficar diluído”, disse o deputado Cândido Vaccarezza (PT), da CNB.
“As correntes ficaram muito parecidas. A definição dos postos estratégicos no partido passa por um acordo com o Lula”, disse o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto (SP), e integrante da PT de Lutas e de Massas. “Há um cenário de unidade. Lula tem faro político”, disse o deputado Paulo Teixeira (SP), da “Mensagem”.
A questão controversa é que, a despeito da idolatria a Lula, ninguém no partido concorda com a tese de que o PT, enquanto Lula existir, será partido de um homem só, moldado no caciquismo político. Os petistas prontamente rebatem a ideia, sob o argumento de que o que ali ocorre é que Lula, por ser quem é, consegue arregimentar um maior número de apoiadores para suas ideias que precisam estar em conexão com o pensamento médio da legenda.
No caso da eleição interna de 2013, a dúvida é se haverá uma consistente maioria do partido para avalizar a tese central de Lula já referendada por Dilma de que a aliança preferencial da campanha de 2014 é ao centro, com o PMDB, e não à esquerda, com o PSB. Ou, sob outra ótica, se os descontentes com a opção já feita pelos dois principais nomes do PT terão coragem e força suficiente para levar adiante a polêmica e a insatisfação com essa opção.
Tendo por base essa dicotomia, nomes começam a circular no partido. O atual presidente do PT, Rui Falcão (SP), é apontado como o que saiu na frente. “Rui é favorito. Dirigiu a eleição pensando o país, foi o presidente que mais percorreu os municípios neste ano, tratou a todos de maneira igual, independentemente de correntes internas, fez o jogo todo combinado com Lula e, na maioria dos Estados, tem quem articula para ele”, afirmou o vice-líder do governo e vice-presidente do PT, deputado José Guimarães (CE).
Em outra frente, circula o nome do presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (RS), que deixa o cargo em fevereiro. Ele garante que isso não está em debate ainda, mas que a lembrança de seu nome é “natural”. “Deixo o cargo em fevereiro, serei um quadro “solto”, não há disputa eleitoral em 2013 e o fato de ter passado pela presidência da Câmara me dá uma condição nacional. Mas, ao mesmo tempo, não gostaria de participar de uma disputa, preferiria trabalhar por um acordo”, declarou.
A lógica pensada por seu grupo na bancada é reproduzir no partido as mesmas condições que o levaram a ser eleito presidente da Câmara: o apoio de integrantes de todos os Estados e de todas as correntes políticas internas do PT — o que também mostra como elas perderam a força de outrora — como forma de contestar o poderio do grupo paulista da CNB mais ligado às antigas lideranças partidárias que saem combalidas do julgamento do mensalão.
Além disso, há uma diferença crucial deste grupo em relação ao que se articula em torno de Rui: o sentimento de que a aliança de 2014 deve ser feita à esquerda. Em outras palavras: deve privilegiar o PSB e não o PMDB.
Mesmo pensamento do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, de quem Maia se aproximou nos últimos meses. “Alianças devem caminhar da esquerda para o centro. Não se trata de preferência a um ou outro partido, mas como fazer uma aliança mais equilibrada com o PMDB fortalecendo os nossos princípios. Se não fica mais difícil implementá-los no futuro”, afirmou Genro.
Para ele, essa ideia se baseia no fato de que a oposição, hoje enfraquecida, em algum momento vai se rearticular e propor uma alternativa à direita. E se o PT rumar por esse caminho em 2014, em um futuro próximo não terá mais condições de se diferenciar da oposição.
Ocorre que a preferência pelo PMDB, além de ser efetivada em Brasília, em fevereiro, com o apoio do Palácio do Planalto às candidaturas de Renan Calheiros (AL) a presidente do Senado e a Henrique Eduardo Alves (RN) a presidente da Câmara, também a partir de janeiro começará a ser configurada no governo Haddad.
Embora ninguém acredite que ele vá jogar o prestígio obtido nas urnas para entrar no jogo partidário — ao contrário de Marta Suplicy, que constituiu um grupo político no seu entorno –, é certo que o molde político que seu governo tomar, orientado por Lula, apontará tendências futuras no PT. São Paulo será o principal laboratório petista de políticas públicas para a nova classe média constituída no país nos últimos anos, egressa da pobreza e que anseia por serviços públicos de qualidade.
Durante a campanha, esse setor foi seduzido pelo candidato Celso Russomano (PRB) a ponto de quase tirar o petista do segundo turno. O governo federal tenta, mas ainda patina no olhar específico para esse eleitorado.
“A vitória do Haddad deve inaugurar um novo modelo petista de governar. Antes a prioridade era a inclusão, agora é a qualidade do serviço público”, disse o senador Jorge Viana (PT-AC).
Além disso, trata-se de um nome formado não na primeira geração petista, que fundou o PT. “A eleição do Haddad repercute nas ideias do PT. Vai haver um debate sobre as ideias do partido a partir de um novo patamar que são essas mudanças na economia e na sociedade”, disse o secretário-geral do PT, Elói Pietá
A relação entre doenças mentais e a vida nas cidades
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 10:37
Por Marco Antonio L.
Da Deustche Welle
Médicos veem relação entre vida urbana e distúrbios mentais
Lydia Heller
Estudos indicam que pessoas que nasceram e cresceram em centros urbanos são mais propensas a transtornos mentais. Nova área do conhecimento, o neuro-urbanismo, pode ajudar a melhorar o planejamento das grandes cidades.
Barulho, trânsito, lixo, pessoas apressadas e se empurrando por todos os lados – a vida nas grandes cidades é estressante. Mas as perspectivas de um emprego melhor, um salário mais alto e de um estilo de vida urbano atraem cada vez mais pessoas às cidades. Se há 60 anos menos de um terço da população mundial vivia em cidades, hoje mais da metade mora em centros urbanos. Até 2050, a estimativa é que essa cota atinja 70%.
"Com o aumento das populações urbanas, o número de distúrbios psíquicos também tem aumentado em todo o mundo", alerta Andreas Meyer-Lindenberg, diretor do Instituto Central de Saúde Mental de Mannheim. "Somente a depressão custa aos cidadãos europeus 120 bilhões de euros por ano. O custo de todas as doenças psíquicas juntas – incluindo demência, ansiedade e psicose – ultrapassa o orçamento do fundo de resgate do euro. A frequência e a gravidade dessas doenças costumam ser subestimadas", afirma.
Solidão e doenças
Em 2003, psiquiatras britânicos publicaram um estudo sobre o estado psicológico dos moradores do bairro londrino de Camberwell, uma área que teve um grande crescimento desde meados da década de 1960. Entre 1965 e 1997, o número de pacientes com esquizofrenia quase dobrou – um aumento acima do crescimento da população.
Na Alemanha, o número de dias de licença médica no trabalho relacionada a distúrbios mentais dobrou entre 2000 e 2010. Na América do Norte, recentes estimativas apontam que 40% dos casos de licença estão ligados à depressão.
"Nas cidades pode acontecer de as pessoas não conhecerem seus vizinhos, não conseguirem construir uma rede de apoio social como nas vilas e pequenas cidades. Elas se sentem sozinhas e socialmente excluídas, sem uma espécie de rede social de segurança", observa Andreas Heinz, diretor da Clínica de Psiquiatria e Psicoterapia no hospital Charité, em Berlim.
Quase não existem estudos consistentes sobre a influência do meio urbano no cérebro humano. Mas pesquisas com animais mostram que o isolamento social altera o sistema neurotransmissor do cérebro. "Acredita-se que a serotonina é um neurotransmissor importante para amortecer situações de risco. Quando animais são isolados socialmente desde cedo, o nível de serotonina diminui drasticamente. Isso significa que as regiões que respondem a estímulos ameaçadores são desinibidas e reagem de maneira mais forte, o que pode contribuir para que o indivíduo desenvolva mais facilmente distúrbios de ansiedade ou depressões", diz Heinz.
Até 2050, 70% da população mundial viverá em cidades grandes, segundo estimativa
A vida urbana transforma o cérebro
Um dos primeiros estudos feitos com seres humanos parece confirmar essa suposição. Com ajuda de um aparelho de ressonância magnética, a equipe do psiquiatra Andreas Meyer-Lindenberg analisou o cérebro de pessoas que cresceram na cidade e de pessoas que se mudaram para a cidade já adultos.
Enquanto os voluntários resolviam pequenas tarefas de cálculo, os pesquisadores os colocavam sob pressão, por exemplo criticando que eles eram muito lentos, cometiam erros ou que eram piores que seus antecessores.
"Olhamos especificamente para as áreas do cérebro que são ativadas quando se está estressado – e que também têm um desenvolvimento distinto, dependendo da experiência urbana que a pessoa teve. Especialmente as amídalas cerebelosas reagiram ao estresse social, e de maneira mais intensa quando o voluntário vinha de um ambiente urbano. Essa região do cérebro está sempre ativa quando percebemos algo como sendo uma ameaça. Elas podem desencadear reações agressivas que podem gerar transtornos de ansiedade", explica Meyer-Lindenberg.
Além disso, quem cresceu na cidade grande apresentava, sob estresse, em regiões específicas do cérebro, uma atividade semelhante à apresentada por pessoas com predisposição genética para a esquizofrenia.
Pesquisa melhora planejamento urbano
Em todo o mundo, as cidades estão crescendo muito e se transformando. "Mas não existem ainda dados significativos de como uma cidade ideal deve ser quando se leva em consideração a saúde mental de seus habitantes", observa Meyer-Lindenberg.
Por isso, o especialista desenvolveu, em colaboração com geólogos da Universidade de Heidelberg e físicos do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, um dispositivo móvel que pode testar voluntários em diversos pontos de uma cidade. Assim, os pesquisadores podem testar o funcionamento do cérebro em lugares e situações diferentes, como num cruzamento ou num parque.
Planejamento de cidades deve levar em conta influência do estresse urbano no cérebro, dizem especialistas
Juntamente com posteriores análises do cérebro dos voluntários, os pesquisadores esperam obter dados mais concretos de como o cérebro processa os diferentes aspectos da vida cotidiana nas cidades.
Os resultados dessa pesquisa poderão ser de grande valor para a arquitetura e o planejamento urbano, afirma Richard Burdett, professor de estudos urbanos da London School of Economics. Para ele, o neuro-urbanismo, uma nova área do conhecimento que estuda a relação entre o estresse e as doenças psíquicas, pode ajudar a evitar a propagação de doenças psíquicas nas cidades.
"Planejadores urbanos precisam ter em mente que devem encontrar o equilíbrio entre a necessidade de organizar muitas pessoas em pouco espaço e a necessidade de se criar espaços abertos", acrescenta.
"As pessoas precisam ter acesso a salas de cinema, encontrar-se com amigos e passear nas margens dos rios. Hoje esses aspectos são, muitas vezes, ignorados quando novas cidades são planejadas na China ou na Indonésia. Os arquitetos se preocupam com as proporções e as formas, e os urbanistas, com a eficiência do transporte público. Mas muitas vezes não temos ideia do que isso faz com as pessoas."
Autora: Lydia Heller (mas)
Revisão: Marcio Damasceno
 

Livro analisa desafios do SUS
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 10:57
Por Marco Antonio L.
Do Vermelho
SUS: o desafio de ser único
Livro SUS: o desafio de ser único, do economista Carlos Octávio Ocké-Reis, da Fiocruz, analisa o sistema público de saúde no Brasil e fustigar o poder econômico do capital financeiro e dos oligopólios, que reproduz desigualdades sociais, favorece o crescimento do mercado e inviabiliza os preceitos constitucionais da saúde.

Ao investigar nosso sistema de saúde – o público e o privado – o livro SUS: o desafio de ser único propõe uma saída à la Obama para fortalecer o Sistema Único de Saúde e fustigar o poder econômico do capital financeiro e dos oligopólios. Seu autor, o economista Carlos Octávio Ocké-Reis, aponta que esse sistema paralelo reproduz desigualdades sociais, favorece o crescimento do mercado e inviabiliza os preceitos constitucionais da saúde. A publicação é um lançamento da Editora Fiocruz com o apoio do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Profundo estudioso do tema, Ocké-Reis afirma que a política de fomento ao mercado favorece a privatização do sistema e a mercantilização do SUS: “no contexto de medicalização da sociedade e do consumismo desenfreado de bens, serviços e tecnologias, essa política pode se tornar desastrosa para a constituição da unicidade do SUS”.
Desigualdades
Enquanto o SUS atravessa uma crise crônica de financiamento, a consolidação dos planos acaba concentrando renda e subtraindo recursos do setor público de saúde. O autor reconhece a importância de se introduzir melhores práticas gerenciais no SUS, porém ressalta que para aumentar sua eficiência, pelo contrário, pode ser necessário uma ampliação dos recursos. Somente assim ele poderá responder às desigualdades no acesso e na utilização dos serviços de saúde.
O Estado por sua vez concede subsídios, que ampliam essas desigualdades. Destaca-se a renúncia de arrecadação fiscal, isto é, o imposto que o Estado deixa de recolher ao conceder deduções para famílias e empregadores que declaram gastos com planos e serviços privados de saúde. Ocké-Reis propõe limitar o escopo dessa renúncia, de modo a ampliar os recursos do SUS e tornar o sistema mais equitativo: o setor privado mais prejudica do que colabora com o setor público, porque o aumento do gasto privado e o fortalecimento do poder econômico corroem a sustentabilidade do financiamento público na arena política, levando a um círculo vicioso, caracterizado por uma queda relativa do investimento na saúde pública.
Embora não desejada pelos sanitaristas, a presença do setor privado acabou sendo naturalizada no Brasil. Por isso, o autor defende uma regulação substantiva do mercado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar, que não pode ter sua atuação ameaçada pela concentração, centralização e internacionalização das operadoras líderes. A ANS deve organizar o mercado na perspectiva do interesse público, impedindo que a assistência à saúde seja convertida em um bem de consumo como outro qualquer. “É legítimo propor que o Estado, considerando seu poder de compra (economia de escala), atue como braço de apoio da agência reguladora para relativizar o poder dos oligopólios para sancionar a concorrência regulada, para reduzir preços e melhorar a qualidade”, conclui.
Fonte: Editora Fiocruz
 

As mudanças históricas do centro de São Paulo
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 14:26
Por Andre Araujo
O CENTRO MUTANTE DE SÃO PAULO - Lembro dos anos 40 quando "ir à Cidade" em São Paulo era ir ao Centro, Pça.da Sé, Rua Xv de Novembro, Rua Direita, Rua Libero Badaró. Esse  era o cenro economico e social de São Paulo, onde estavam as sedes dos bancos Comercial do Estado, Commercio e Industria, de São Paulo, Italo Belga, First National City Bank, Banco do Brasil, Banco Francês e Italiano, Bank of London. Lojas de departamentos com salão de chá o Mappin, Galeria Paulista, Casa Sloper. Radio Record, Faculdade de Direito, sede da Cia.Paulista de Estradas de Ferro. Todo esse centro era servido por bondes. Do outro lado do Anhangabau, os Correios.
Na virada dos anos 40 para 50, o Centro marcha para o outro lado do Viaduto do Chá mas sem abandonar o Centro antigo. O Mappin vai para a Praça Ramos de Azevedo, em frente ao teatro Municipal, a Mesbla com imponente predio na Rau 24 de Maio, lojas chics como Casa Los Angeles na Rua Barão de Itapetininga onde desponta uma linda Galeria ( se nã me falha a memoria, a Ypê), a Livraria Brasiliense, a Confeitaria Vienense, com chá das cinco e violinos, a confeitaria Fasano,  na Rua 7 de Abril o grande predio da Cia.Telefonica, na outra esquina do Teatro Municipal o imponente edificio da São Paulo Light, em estilo neoclassico vitoriano, na ladeira descendente para o Vale, o chic Hotel Esplanada, o melhor da cidade. Na esquina da Av.Ipiranga com a São João a nova e moderna sede do City Bank, a demonstrar a mudança de um grande banco para o outro lado do Vale. Tambem emblematico o Edificio CBI, nos fundos do teatro Municipal, de fente para o Vale, com 30 andares e importantes empresas, Consulados, representações de bancos estrangeiros, advogados caros, a Sociedade Rural Brasileira (que ainda está lá), Camara Americana de Comercio, firmas britanicas e americanas, tradings agricolas, um predio de alta categoria, altas portas, elevadores modernos.
No Centro novo, a linda Av.São Luis, com finos predios residenciais e agencias de turismo, o restaurante Paddock e o o edificio mais alto de S.Paulo, o Italia, com um restaurante no topo.
Na virada dos anos 50 para 60, nova mudança do Centro. Bancos importantes vão para a Av.Paulista, até então residencial, com mansões de industriais (não se usava "empresarios") e cafeicultores.
O grande Conjunto Nacional baliza esse terceiro Centro, que não durou mais de duas decadas.
Na virada dos anos 70 para 80, nova mudança, da Av.Paulista para os Jardins e Itaim.
Mais dez anos,  dos Jardins para a Av.Faria Lima, já com muitos bancos e escritorios puxados pelo Shopping Center Iguatemi, o primeiro de luxo de São Paulo, a Rua Iguatemi e alargada e duplicada.
Do fim dos anos 90 para 2000 surge a Vila Olimpia e Marginal do Rio Pinheiros, nova mudança da sede dos bancos, cria-se um novo "bairro das multinacionais" puxados pelo imenso Consulado Americano, quase um bairro, o que levou a Camara Americana de Comercio, o Deutsche Bank, o Banco de Boston, hoteis como Hilton, Melia e Hyatt, o World Trade Center.
A partir do fim dos anos 2010 já não ha mais terrenos na Vila Olimpia, a marcha dos grandes bancos vai para a Faria Lima/Helio Pelegrino, Av.Juscelino Kubtschek e Brooklyn Novo. O novo e gigantesco conjunto da Odebrecht , com 7 mega edificos na Marginal Pinheiros e 8.000 vagas para carros simboliza o centro dos anos 2020.
No Centro Velho, outrora sede de todos os bancos, não tem mais matriz de banco. O Centro Velho subsiste pela Bolsa, que um Prefeito sabio (acho que foi o Covas) conseguiu segurar na marra, a Bolsa ja tinha comprado uma vasta area na Marginal para se mudar para lá. Se a Bolsa tivesse saido do centro este hoje seria um monte de escombros. Todos os cinco maiores escritorios de advocacia, com mais de 500 funcionarios cada, se mudaram do centro velho. Ficou o Forum Central, o predio antigo do Tribunal de Justiça (mas o Desembargadores trabalham em predios muito mais modernos em outros lugares), um comercio pequeno e tradicional, velhos bares, lojas de chapeus, livrarias.
Qual o futuro do Centro? Depende muito do Governo. O Governador Alckmin teve a brilhante ideia de comprar a preço de banana oito predios que o banco Itau herdou dos muitos bancos que comprou, para lá mudou Secretarias e Estatais. Foi uma boa saida, o que se economiza de alugual é uma fabula, a Rua Boa Vista em boa parte virou um centro administrativo do Governo do Estado.
A Prefeita Marta Suplicy prestou um grande serviço à cidade comprando o Edifico Matarazzo, um belissimo predio dos anos 30, obra do celebre arquiteto Marcello Piacentini, o favorito de Mussolini.
Esse enorme predio  internamente todo em marmore de Carrara e madeira de lei estava quase sem uso, era do espolio do Banespa que ficou com o Santander, foi uma otima compra da Prefeitura e revitalizou o entorno.
Esse será uma bom projeto para o Prefeito Haddad, mudar Secretarias e Estatais (a Prefeitura tem 7)
para o centro Velho, economizando em alugueis, o Centro tem  muitos predios vazios que podem ser comprados ou alugados a preço baixo.
Quem demanda um orgão publico não precisa ir a uma zona nobre, irá a qualquer lugar, não é comercio, será sempre um serviço obrigatorio, o usuario tem que ir lá, portanto pode ser no centro velho, não precisa ser na Av.Paulista, onde esta a Secretaria do Planejamento, por exemplo.
Me lembro quando o Estado tinha sua Secretaria do Bem Estar Social, cuja clientela são os mais pobres e miseraveis, ao lado do luxuoso Hotel Crowne Plaza na Rua Frei Caneca. Era uma aberração, a Secretaria estava lá em beneficio do conforto de seus funcionarios e não de seus assistidos.
O Prefeito precisa reencontrar a vocação do Centro tradicional de São Paulo, não só por ser simbolo da cidade mas porque lá todos os equipamentos já estão prontos, é um lugar otimo para os que vão trabalhar, o acesso é excelente, S.Paulo não pode desperdiçar tão valioso capital

As últimas informações sobre o furacão Sandy
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 14:16
Do Estadão
ÚLTIMA HORA: Tempestade Sandy chega à Costa Leste dos EUA; 16 pessoas morreram no país; acompanhe informações
NOVA YORK – O furacão Sandy (que passou para a categoria de “supertempestade” depois de meia hora em solo americano e mais recentemente para “ciclone tropical”), está sobre a região mais densamente povoada do país, a Costa Leste, e já matou 16 pessoas nos EUA e uma no Canadá. O fenômeno forçou centenas de milhares de pessoas a procurar lugares elevados e provocou a interrupção do transporte público e o fechamento de escolas, empresas e departamentos do governo. Acompanhe as informações no Radar Global e pelo Twitter da colunista Lúcia Guimarães e do correspondente Gustavo Chacra, que estão em Nova York .
14h06 – Veja abaixo a repercussão do ciclone Sandy nos principais portais noticiosos do mundo neste momento.

Al Arabiya: Supertempestade Sandy, um dos mais caros desastres naturais na história dos EUA
13h36 – A bolsa de valores de Nova York, cujo funcionamento raramente é interrimpido devido a eventos meteorológicos, segue fechada pelo segundo dia hoje.
13h33 – Balanço de momento, segundo a rede de TV americana CNN: há ao menos 16 mortos confirmados nos EUA e um no Canadá em consequência do ciclone Sandy. O corte de energia afeta 7 milhões de pessoas na Costa Leste do país. Em Nova York 80 casas foram danificadas, segundo o prefeito Michael Bloomberg (50 delas foram totalmente destruídas, disse a CNN). Em New Jersey, um dique rompeu, e as ruas de três cidades estão inundadas.
13h31 – Segundo a CNN, o número de mortos confirmados nos EUA é de 16. Uma pessoa morreu no Canadá.
13h31 – O governador de Nova York anuncia a retomada parcial dos serviços de ônibus no Estado.
13h30 - “Segurança é nossa prioridade”, diz o governador de Nova York. Segundo ele, há 2 milhões de famílias sem energia elétrica no Estado.
13h27 – O governador do Estado de Nova York, Andrew Cuomo, fala neste momento.
13h18 – De acordo com o prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, ao menos 10 pessoas morreram na cidade, a maior dos Estados Unidos, em consequência da passagem da supertempestade Sandy, que depois foi reduzida à categoria de ciclone tropical. ”Tragicamente, o número de mortos deve crescer”, disse.
Com os dados anunciados por Bloomberg, sobe a 25 o número de mortos devido ao ciclone na Costa Leste dos EUA e no Canadá, onde uma pessoa morreu. A informação não está confirmada, contudo. O número se soma a outras 67 pessoas mortas na passagem do furacão pelo Caribe.
13h13 – “Não precisamos de mais vítimas”, diz o prefeito, orientando a população a seguir as instruções das autoridades.
13h12 – “Queda de árvores representam um sério perigo”, diz o prefeito de Nova York. Ele pede que as pessoas evitem sair de casa se não for necessário e pede a funcionários públicos que não trabalharão por fechamento das repartições que se apresentem em abrigos como voluntários.
13h11 – Segundo Bloomberg, escolas seguem fechadas hoje “e devem seguir fechadas amanhã também”.
13h11 – O prefeito diz que há “inundações expressivas” em túneis do sistema de metrô da cidade.
13h10 – De acordo com o prefeito de Nova York, 80 casas foram danificadas em incêndios no Queens.
13h09 – Bloomberg informa que os voos seguem interrompidos nos aeroportos da cidade. Segundo ele, não há informações sobre danos a sistemas de navegação e iluminação nos aeroportos.
13h09 – “O sistema de transporte público permanece fechado até segundo aviso”, diz o prefeito de Nova York, maior cidade dos EUA.
13h08 – Bloomberg diz que a recuperação da energia deve levar “entre dois e três dias, talvez mais” em “muitos lugares”.
13h07 – Segundo o prefeito de Nova York, 75% dos cidadãos de Nova York estão sem energia elétrica.
13h05 – “Tragicamente, o número de mortos deve crescer”, diz o prefeito de Nova York. Até o momento, 16 pessoas morreram no país devido ao Sandy. Em Nova York, as vítimas foram atingidas por árvores.
13h04 – Bloomberg fala sobre as operações de resgate em incêndios em diferentes regiões da cidade.
13h03 – O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, fala neste momento.
12h53 - A agenda de eventos dos EUA de hoje destaca o fechamento de diversos mercados em função da passagem do ciclone Sandy pela Costa Leste. A New York Stock Exchange (Nyse), a Nasdaq e a BATS informaram que não vão operar.
12h42 – Foto: Águas agitadas na região do lago Michigan e dos Grandes Lagos, no Estado de Wisconsin.
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12h26 – De acordo com Christie, há 5,5 mil pessoas em cinco abrigos no Estado. Mais cedo, ele anunciou a abertura de um sexto abrigo.
12h25 – O governador de New Jersey disse ainda que o abastecimento de água no Estado pode ser afetado.
12h24 – Segundo Christie, algumas rodovias no Estado de New Jersey estão fechadas devido a queda de árvores e detritos.
12h23 – “A devastação não tem precedentes, nunca vimos algo assim antes”, diz o governador, em tom de desolação.
12h22 – Christie disse que o Estado deve abrir um sexto abrigo para as pessoas que precisaram deixar as casas.
12h20 – “As comunidades costeiras de New Jersey sofreram danos grandes”, afirma o governador Christie à CNN. “Há um longo caminho (de resgate e recuperação) adiante”, diz.
12h18 – O governador de New Jersey, Chris Christie, está falando ao vivo agora à rede de TV CNN. Segundo ele, o resgate de pessoas nas três cidades que ficaram isoladas no Estado com o rompimento de um dique é feito com ajuda2012_10_30T133450Z_01_ARH05_RTRMDNP_3_STORM_SANDY.JPG de barcos, como o da foto abaixo, em Little Ferry.

11h47 – A passagem da supertempestade Sandy por Nova York, antes de ser rebaixada para a categoria “ciclone tropical” causou danos “sem precedentes” ao metrô da cidade. Estragos “inéditos” foram verificados no sistema, como inundação de túneis, garagens e pátios ferroviários. ”Em 108 anos, nossos funcionários nunca enfrentaram um desafio como o que nos confronta agora”, disse o presidente da Autoridade de Transporte Metropolitano (MTA, na sigla em inglês), Joseph Lhota, em comunicado hoje. Na foto abaixo, divulgada pela MTA, sacos de areia são vistos na estação Lenox, no Harlem.
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11h19 – Se você está em Nova York ou em alguma cidade atingida pelo Sandy, envie seu relato, foto ou vídeo. Veja abaixo algumas imagens enviadas por leitores.
Está em Nova York? Envie sua foto através do Instagram: basta incluir a hashtag #furacaosandy na legenda. As melhores serão publicadas aqui.
J'attendrai, de Rina Ketty, em 1938
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 14:00
Por lucianohortencio
RINA KETTY - 1938 - J'attendrai.
Vídeos:


O debate sobre o futuro do ensino nas universidades
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 13:58
Por Assis Ribeiro
Do Valor
Universidades debatem o futuro do ensino
Por Stela Campos
Em um mundo onde o acesso a informação está cada vez mais democratizado e o conhecimento se multiplica em uma velocidade nunca antes vista, ensinar se tornou um grande desafio. Os professores não são mais os únicos donos da verdade. Os currículos precisam ser flexíveis e construídos de acordo com as novas necessidades do mercado.
As universidades, portanto, não podem mais abrigar apenas uma elite que dita as regras e que está distante do que acontece no mundo real. Embora muito se fale sobre essas transformações, que envolvem também a construção de um novo modelo de negócio mais sustentável, a maior parte das instituições de ensino superior ainda funciona da mesma forma há um século - e pode estar caminhando para a obsolescência.
Essas foram algumas conclusões da 3ª Conferência Internacional "Reinventando o Ensino Superior", cujo tema deste ano foi "Eduempreendedorismo: Novas Formas e Caminhos Para a Diferenciação no Ensino Superior". O encontro, promovido pela IE University, reuniu na sede da escola espanhola, reitores, gestores de associações de ensino e especialistas de diversos países.
O objetivo foi colocar no mesmo ambiente representantes de diferentes tendências e modelos de escolas, das mais tradicionais como Oxford às mais modernas como Brown, além de instituições como o World Economic Forum e a Wikipedia - todos com o desafio comum de entender esse novo momento no ensino.
"A globalização trouxe um novo tipo de competição e as universidades precisam responder às necessidades atuais do mercado", diz Santiago Iñiguez, presidente da IE Business School. Ele diz que existe uma pressão enorme para que essas instituições sejam mais efetivas em seus modelos de negócios e ensino.
"Há uma explosão da demanda por ensino superior, especialmente em países emergentes como Brasil, China e Índia. É preciso, no entanto, pensar em qualidade", diz Arnould de Meyer, presidente da Universidade de Negócios de Cingapura. Ele trabalhou por 23 anos no Insead, onde foi responsável por montar a operação asiática da escola na região.
De acordo com Meyer, a escassez de professores doutores em todo mundo pode comprometer esse desenvolvimento. "A Indonésia, por exemplo, já sofre com esse problema". Em sua opinião, é necessário formar um novo perfil de professor que seja ao mesmo tempo dedicado à pesquisa, mas que tenha trânsito no mercado. "Os acadêmicos, no geral, são avessos ao networking, mas isso precisa mudar. "
Não se trata, contudo, apenas do perfil de quem ensina, mas também do conteúdo oferecido em sala de aula. "É preciso dividir com os estudantes o desenho dos currículos para que eles sejam cada vez mais interativos e customizados", diz Meyer. As pesquisas acadêmicas devem ser interdisciplinares e alinhadas com as necessidades do conhecimento e do mercado.
A inclusão das artes no currículo em todos os cursos da universidade americana Brown, segundo seu diretor de departamento de educação Kenneth Wong, é uma forma de inserir valores que vão além das disciplinas tradicionais. "Acreditamos na formação de um cidadão mais engajado na sociedade, interessado em saber a natureza dos governos e dos mercados, e não apenas as últimas tendências na área de marketing", explica.
Um dos grandes desafios das universidades hoje é formar os estudantes para um mercado de trabalho que ninguém sabe ao certo como será. "Temos que preparar os jovens para empregos que ainda não existem", diz Carlos Enrique Cruz Limón, vice-reitor da universidade mexicana Tecnológico de Monterrey. Para ele, as escolas vão ter que desenvolver novas atitudes e competências dos alunos tendo em vista que as transformações estão cada vez mais rápidas.
O uso de tecnologias e ferramentas modernas que disseminam o conhecimento como o Wikipedia - enciclopédia virtual construída coletivamente por milhares de usuários voluntariamente, que hoje é o quinto site mais popular do mundo e tem textos escritos em mais de 300 idiomas -, é visto como inevitável, mas exige cuidado. "Os alunos precisam buscar informação em mais de um lugar e desenvolver o pensamento crítico. As escolas devem estimular isso", diz Meyer.
A diretora do programa de educação da Fundação Wikimedia, Annie Lin, diz que o objetivo do Wikipedia é democratizar a informação. "Ele vai conduzir o aluno a outras fontes", diz. O uso do site, segundo ela, ajuda a treinar algumas habilidades importantes no mercado atual. "Refiro-me à comunicação on-line, ao contato com pessoas de diferentes nacionalidades e backgrounds tentando solucionar problemas e trabalhando juntas" diz. Além disso, o estudante treina sua capacidade de síntese e clareza ao escrever um texto.
O ensino on-line é outro assunto que está sendo muito discutido entre os educadores e que vem crescendo aos poucos em vários países. Para Michele Petochi, diretor da área de educação do Fórum Econômico Mundial, a tecnologia ainda é cara e sua efetividade está sendo testada. O custo de um curso on-line em uma universidade de primeira linha, segundo ele, é três vezes maior do que o pago pelo aluno. "O mundo não sabe ainda de onde as pessoas aprendem de verdade, se é com experiências virtuais e presenciais, se é no trabalho ou em atividades sociais", afirma.
Com o aumento dos cursos a distancia e as parcerias internacionais, algumas escolas questionam se ainda vale investir em infraestrutura. "Estamos olhando cada vez mais para fora", diz o vice-reitor de Monterrey. Para a diretora do programa Education UK do British Council, Pat Killingley, são os próprios estudantes que pedem esse movimento internacional. "Eles dão as cartas e os negócios se organizam a partir dessa demanda."
Para se manterem sustentáveis e ampliarem o número de parceiros e escritórios ao redor do mundo, como fazem as escolas de negócios, as universidades terão que olhar para um público que está acima da faixa entre 18 e 28 anos de idade. "O conhecimento do mundo dobra de tamanho a cada sete anos. Isso significa que as pessoas precisarão pensar em um estudo de longo prazo e as universidades têm que estar preparadas", diz Meyer.
 

Serra: hipocrisia tem pernas curtas
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 13:42
Do Diário de São Paulo
‘Serra veio até minha casa pedir apoio’
Maluf afirma que um dos motivos de o tucano ter perdido eleições foi por criticar a aliança com PP
CRISTINA CHRISTIANO
O deputado federal Paulo Maluf (PP) disse ontem, em entrevista ao DIÁRIO, que o candidato tucano à Prefeitura, José Serra, perdeu as eleições por ter usado o horário eleitoral para criticar o apoio do Partido Popular ao petista Fernando Haddad. “As pessoas que são devotas a mim e não tinham se ligado dessa aliança foram alertadas”, comentou. Maluf contou que Serra esteve duas vezes em sua casa pedindo apoio, apontou erros cometidos pelo tucano e falou da expectativa no novo prefeito.
DIÁRIO_ Domingo o senhor subiu ao palanque do PT para festejar a vitória de Fernando Haddad junto com pessoas que o hostilizaram no passado. Isso não o deixou constrangido?
PAULO MALUF _ Não. Fui muito bem recebido e abraçado por todos. A mídia estranha porque acha que na classe política não existe ética, mas é ético o Serra ir duas vezes à minha casa pedir apoio e depois criticar a minha aliança com o PT?
Por que o senhor escolheu apoiar Fernando Haddad?
Foi por amor a São Paulo. Estou há 45 anos no mesmo partido porque não imponho o que penso, mas imponho o que meus amigos pensam. Essa escolha foi por coerência. Estamos (PP) muito bem representados no governo pelo ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro. As pessoas ainda se surpreenderam porque o Lula e o Haddad foram à minha casa e a imprensa só percebeu  após o almoço, quando abri o portão para anunciar o apoio.
Fala-se em oportunismo?
Quando decidimos apoiar o Haddad ele estava com 3% das intenções de votos. A Soninha tinha 4%, o Paulinho da Força, 5%, e o Chalita, 7%. Russomanno tinha 22% e o Serra, 30% ou 32%. Se quiséssemos ser oportunistas íamos apoiar o sexto colocado? O casamento do PP com o PT foi de véu e grinalda, na catedral,apoiado por bispos e cardeais. Tudo às claras, coisa rara hoje na política, porque os acordos são feitos em hotéis, porões, escondido. Foi decisão consciente, sem impor nada.
O senhor acha que a cidade vai melhorar com Haddad?
Na minha visão, precisamos de alguém que resolva os problemas de São Paulo. A cidade precisa de recursos. O Serra foi candidato a presidente em 2010 e perdeu para a Dilma. Então, com toda a certeza, se o Serra fosse prefeito muito provavelmente os recursos que agora virão com o Haddad não viriam. Ele já foi a Brasília, está renegociando a dívida. É  aquilo que eu esperava do prefeito de São Paulo. Que fosse o prefeito e não usasse a Prefeitura como trampolim para alcançar outras campanhas. Além disso, o fato de vir a São Paulo fazer campanha para Haddad torna a presidente Dilma avalista da cidade.
Como vê o futuro de Serra?
Na vida pública ninguém morre. O Serra não morreu. Ele ainda pode ser deputado federal, senador. Não tem morte morrida na política porque, muitas vezes, quem  elege o candidato são as circunstâncias e não o seu passado ou futuro.
Acha que as circunstâncias também elegeram Haddad?
O Kassab não foi mau prefeito administrativamente, mas ficou com a imagem ruim que a mídia deu de formador de partidos. Fixou a ideia de que não queria administrar a cidade e não é verdade. Já o Serra foi eleito prefeito e saiu 1 ano e 3 meses depois. Foi governador, ficou 3 anos e 3 meses e também saiu para concorrer a presidente. Quando perdeu, disse que não era candidato e foi. O eleitor não entende e daí  surgiu a rejeição. Foi o que o matou.
Houve outros erros?
Em sua defesa, o Serra começou a dizer que ia cumprir os 4 anos de mandado e ficou rememorando no eleito a renúncia. Ele também criticou o meu apoio ao PT e muitas pessoas que não se lembravam acabaram ficando ligadas. Se tivesse conseguido pelo menos 350 mil desses eleitores não perderia.
  

Que Nem Manequim, de Guinga
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 11:00
Por alfeu
"Que Nem Manequim"(Mauricio Tapajós / Paulo César Pinheiro): Guinga
Vídeos:
 


A busca das saídas para São Paulo
Enviado por luisnassif, ter, 30/10/2012 - 08:00
Autor:  Luis Nassif
Coluna Econômica
Eleito prefeito de São Paulo, o economista, cientista social e filósofo Fernando Haddad terá pela frente um dos maiores desafios da gestão pública mundial: como humanizar uma grande metrópole, no caso, uma das maiores e mais desiguais do planeta.
É  tarefa ciclópica que exigirá não apenas determinação política mas, também, diganósticos precisos.
***
Tome-se o caso do ex-prefeito José Serra. Foi um belo Ministro da Saúde porque encontrou prontos, no MInistério, diagnósticos, conceitos e planos de ações, esperando apenas o empurrão. E atuou politicamente com coragem e determinação.
Na Prefeitura, sem dispor dessa visão completa que havia na Saúde, e aparentemente abrindo mão de qualquer esforço de aprendizado, Serra nada fez. Foi incapaz de pensar diagnósticos, não atraiu pensadores, gestores e, de olho nas campanhas futuras, flexibilizou o sistema de licenciamento de construção em níveis anteriormente só vistos na gestão Paulo Maluf.
Entrou prefeito e, depois, deixou a Prefeitura, sem entender pontos básicos de administração de metrópoles. A ponto de, tempos atrás, num evento em São Paulo - onde estava presente um economista norte-americano especialista em economia das cidades - criticar os ônibus por "atravancarem" o trânsito.
***
Haddad entra com outro pique. Com uma formação mais vasta que Serra, já na montagem do seu plano de governo conseguiu trazer de volta para o PT grupos intelectuais que haviam debandado em função do escândalo do "mensalão". E também toda uma geração de urbanistas que desiludiu-se com a prefeitura depois que ela subordinou as principais decisões urbanísticas aos interesses da indústria imobiliária.
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Haddad assume com a intenção de retomar as rédeas do plano diretor, mas sabendo que a construção civil é um aliado imprescindível para a melhoria da cidade - desde que a prefeitura defina claramente as prioridades. O descontrole imobiliário, atendendo a temas imediatistas, no final do processo acaba sendo ruim para todos, inclusive para o setor imobiliário.
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Um dos pontos centrais da reforma urbana será o de aproximar os moradores do emprego. Haddad já apontou a política fiscal como indutora para levar mais empresas para as regiões pobres da cidade.
Há outros temas mais complexos, especialmente o da segregação de moradias, que faz com que toda a cadeia produtiva das classes de maior poder aquisitivo - empregados domésticos, prestadores de serviços, empregados de comércio - morem a quilômetros de distância do local de serviço.
Há um enorme espaço de reurbanização em zonas de interesse social nas quais se deverá experimentar a convivência de moradias caras com moradias populares.
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Mas o ponto central de uma administração moderna - enfatizada por Haddad em seu discurso inicial - será promover o diálogo com todas as formas de organização que habitam o microcosmo riquíssimo da metrópole.
Tomem-se as Organizações Sociais (OSs) de saúde. Úteis, sim. Mas, a exemplo do PAS de Paulo Maluf, anunciou-se mas não se implementou a perna principal: dar força aos conselhos de saúde, capazes de fiscalizar não apenas a qualidade dos serviços como os gastos de cada unidade.
A promoção dessa diálogo amplo - com intelectuais, especialistas, organizações populares e empresariais - poderá ser o ponto de partida para o reencontro da metrópole com seus moradore