Eleição para vereador no Rio é a mais concorrida do país

Por Vânia
Do R7
Bruno Rousso e Carlyle Jr.
A briga por um cargo de vereador no Rio deu início a uma corrida eleitoral digna dos vestibulares mais disputados. Com 1.709 candidatos, a concorrência para uma das 51 cadeiras da Câmara carioca passa da marca de 33 políticos por vaga. A conta supera de longe a relação do competitivo curso de comunicação social da UFRJ (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro), que é de 18 estudantes para cada vaga.
A disputa acirrada colocou a Câmara dos Vereadores do Rio como a mais concorrida entre as 26 capitais brasileiras. Com 41 vagas, a casa legislativa de Belo Horizonte (MG) tem quase 31 candidatos na luta pelo cargo de parlamentar. Em Salvador (BA), a Câmara dos soteropolitanos conta com 43 cadeiras. Cada uma delas é desejada por cerca de 30 aspirantes a legislador.
O salário do vereador carioca também aparece como o maior entre as capitais do País. Por mês, cada um recebe R$ 15.031,76, valor atingido no ano passado, quando os parlamentares aprovaram um aumento de 63% com base na emenda constitucional 25/2000. A medida permite que os legisladores municipais recebam até 75% dos salários dos deputados estaduais, que, no Rio, ganham R$ 20.042.
Além do tradicional 13°, os vereadores do Rio recebem dois salários extras no mesmo valor, que são conhecidos como auxílio-paletó. Dos cofres públicos também saem mensalmente R$ 150 mil para custear as despesas de gabinete, como vencimentos de funcionários e gastos com material de escritório.
Os parlamentares contam ainda com uma cota de 1.000 litros de gasolina por mês, o equivalente a cerca de R$ 3 mil. Segundo a ONG Transparência Brasil, o custo anual de cada vereador carioca é de quase R$ 8 milhões. Tudo isso para que eles compareçam ao plenário apenas três vezes por semana.