Unicamp entre as 50 do mundo

De Agência Fapesp

Unicamp entre as 50 do mundo com menos de 50 anos

Agência FAPESP – A Quacquarelli Symonds (QS), que produz o ranking TopUniversities, divulgou um novo ranking que destaca uma universidade brasileira.
No “The QS Top 50 Under 50”, que lista as 50 principais universidades do mundo com menos de 50 anos, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ocupa a 22ª posição.
A relação seleciona as instituições de ensino superior mais “jovens” e melhor colocadas no “QS World University Rankings”, produzido anualmente desde 2004.
O ranking determina as posições das universidades de acordo com uma série de indicadores, entre os quais reputação acadêmica, relação entre número de professores e de estudantes, citações de trabalhos científicos e número de pesquisadores estrangeiros que trabalham na instituição.
“Esta classificação é importante ao demonstrar que as noções básicas que nortearam a fundação da Unicamp deram resultado e são reconhecidas. Entre esses fundamentos estavam, por exemplo, trazer para a Unicamp alguns dos melhores professores do Brasil e do exterior”, disse Fernando Ferreira Costa, reitor da Unicamp, à Agência FAPESP.
“Antes mesmo de começar suas atividades, a Unicamp já havia atraído para seus quadros mais de 200 professores estrangeiros das diferentes áreas do conhecimento e cerca de 180 vindos das melhores universidades brasileiras”, disse Ferreira Costa.
O reitor da Unicamp também destaca o estímulo à inovação em pesquisa e ao empreendedorismo e a integração da universidade com a indústria. Isso já era destaque na década de 1970, com inovações que logo foram difundidas e incorporadas à sociedade, como a digitalização da telefonia, o desenvolvimento da fibra óptica, de vários tipos de lasers e de programas de controle biológico de pragas agrícolas.
O resultado dessa relação com o setor industrial levou a Unicamp a atrair para suas imediações um polo de empresas de alta tecnologia, além de gerar outras a partir de seus nichos tecnológicos, por meio da iniciativa de seus ex-alunos ou de seus professores.
“Isso ajudou a levar a Unicamp a se tornar a universidade brasileira com o maior número de patentes”, disse Ferreira Costa. O reitor também destaca a internacionalização da Unicamp, com o grande número de intercâmbios com instituições de outros países, como um dos fatores que têm destacado a universidade em rankings como o da QS.
Fundada em 1966, a Unicamp tem 1.750 docentes, dos quais 98% são doutores, e mais de 17 mil alunos matriculados em 66 cursos de graduação. Na pós-graduação são mais de 19 mil alunos matriculados em 144 cursos. É a universidade brasileira com maior índice de alunos na pós-graduação, com aproximadamente 12% das teses de mestrado e doutorado em desenvolvimento no país.
A Unicamp responde por 15% da pesquisa acadêmica no Brasil e mantém a liderança com relação ao número de artigos per capita publicados anualmente em revistas indexadas na base de dados ISI/WoS.
A Unicamp tem três campi — em Campinas, Piracicaba e Limeira — e compreende 22 unidades de ensino e pesquisa. Possui também um vasto complexo de saúde, além de 23 núcleos e centros interdisciplinares, dois colégios técnicos e uma série de unidades de apoio.
As cinco primeiras posições no “The QS Top 50 Under 50” são ocupadas por três instituições chinesas, uma britânica e uma sul-coreana: Universidade Chinesa de Hong Kong, Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, Universidade de Warwick, Universidade Tecnológica de Nanyang e Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia.
A QS também destaca a participação brasileira no “QS World University Rankings: Latin America”. “De uma perspectiva internacional, a relação das 200 primeiras fornece mais evidências da emergência do Brasil como potência econômica. Há um impressionante total de oito universidades brasileiras no top 20 e 31 no top 100”, disse Danny Byrne, editor da TopUniversities.com.
Mais informações: www.topuniversities.com/university-rankings/top-50-under-50