Bajular Demóstenes Torres foi ato criminoso

Por Jotavê
 
É importante investigarmos as inúmeras suspeitas que vão surgindo pelo caminho. Mais importante ainda, no entanto, é consolidar as certezas. A respeito da extensão e da natureza do envolvimento da revista Veja com a quadrilha de Carlos Cachoeira, temos, até o presente momento, uma única grande certeza: seria IMPOSSÍVEL que Policarpo Jr. mantivesse as relações estreitas que mantinha com o bicheiro, de um lado, e o senador Demóstenes Torres, de outro, sem conhecer o vínculo existente entre ambos. Ele certamente tinha essa informação, e a sonegou para seus leitores. É muito provável que toda a cúpula da revista tenha sido conivente. O grande problema, nesse caso, é que foram muito além da mera omissão. Durante meses a fio, venderam uma imagem de Demóstenes Torres que sabiam ser completamente falsa - a de um paladino da lucidez política e da probidade administrativa. É essa verdade que precisamos consolidar, enquanto juntamos pacientemente as peças do quebra-cabeça. Policarpo Jr. sabia de tudo o tempo todo. E é altamente improvável que a cúpula da revista não soubesse também. O incensamento de Demóstenes Torres foi criminoso.