FHC se distanciando do barro

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São apenas indícios, e como tal devem ser tratados.
1. Quando saiu "A Privataria Tucana", a primeira reação de FHC foi comparar o livro ao "dossiê Cayman". Aparentemente, foi antes de ler. Depois, manteve um silêncio prudente. Sua manifestação seguinte foi na entrevista a um jornal inglês, dizendo ter chegado ao fim a era Serra e iniciado a era Aécio no PSDB. Imediatamente Serra contra-atacou bem ao seu estilo - através de um de seus gendarmes, o Marco Antonio Villa, em um artigo no Estadão, com críticas biliosas a FHC. Villa é muito pequeno para merecer uma resposta de FHC. A resposta foi dada por Xico "Mão Pesada" Graziano.
2. Em seguida surge o caso Prefeitura de São Paulo. Alckmin e Kassab usam a máquina partidária para apoiar Serra. FHC dá uma declaração formal de apoio, relembrando as "ligações históricas" com Serra. E nada mais diz.
3. Logo em seguida, dois movimentos simultâneos. O Estadão - que tem muito mais ligações com FHC do que com Serra - abandona o apoio incondicional a Serra e solta um editorial com um conjunto de argumentos presentes nas críticas do Blog ao Serra, mas até então inexistentes nas páginas de Opinião do jornal. E FHC faz uma visita a Lula, com um amplo simbolismo: dois velhos companheiros que se dividiram no tempo mas que estão, ali, para mostrar que a disputa política pode e deve ser civilizada.
Juntando essas peças, me parece que a tendência de FHC será a de se afastar mais e mais de Serra e do que promete ser o último vagido do esgoto na vida política nacional.