quarta-feira, 30 de novembro de 2011

.O lançamento da Comunidade de Estados da AL e Caribe


Enviado por luisnassif, qua, 30/11/2011 - 11:32

Por raquel_

Do IHU Online



Reforçando o escudo latinoamericano



Nessa quarta-feira no final da tarde, a presidente Cristina Fernández de Kirchner parte para Caracas. A reunião bilateral com o seu colega venezuelano, Hugo Chávez, marcado para quinta-feira será o primeiro marco de uma agenda hegemonizada pelo encontro da Unasul e o lançamento da Comunidade de Estados da América Latina e Caribe, composta por trinta e três países da região.



A formação de uma Organização dos Estados Americanos sem os EUA e o Canadá vem sendo estudada desde a reunião de Cancún, em fevereiro do ano passado. Na sexta-feira, começa o encontro da Unasul e antes dele, a presidenta se reunirá com a primeira magistrada do Brasil, Dilma Rousseff.



A reportagem é do Página/12, 29-11-2011. A tradução é do Cepat.





A doença de Chávez obrigou-o a adiar as deliberações sobre a nova comunidade de nações que, em princípio, estava marcada para julho. Naquela época, o presidente venezuelano viajou para Cuba, onde começou seu tratamento. Cristina Kirchner telefonou na oportunidade para saber como estava. A última comunicação entre os dois líderes aconteceu em 23 de outubro, quando o presidente Chávez telefonou para felicitá-la por sua reeleição.



Chávez afirmou que "em Caracas vai nascer um novo organismo, a Celac" e comentou que a sua constituição demandou "anos de luta” e que significa "um passo, (porque) continuamos avançando”. Ele também disse: "Eu tenho me preparado para o grande momento que me toca viver, ser anfitrião não de um encontro, mas sim de três encontros", referindo-se a Celac, a Unasul e ao Petrocaribe.



A Celac reunirá 33 países latinoamericanos, sem a presença dos Estados Unidos e do Canadá, e a sua criação surgiu durante um encontro de chefes de Estados no México, em 23 de fevereiro de 2010, como unificação do Grupo do Rio e da Cúpula da América Latina e do Caribe. Juntos, esses países respondem por 550 milhões de pessoas e por uma superfície territorial de 20 milhões de quilômetros quadrados.



Além das presidentas da Argentina e do Brasil se comprometeram em participar os presidentes Felipe Calderón (México), Sebastian Piñera (Chile), José Mujica (Uruguai) eJuan Manuel Santos (Colômbia). Também se farão presentes Evo Morales (Bolívia), Raul Castro (Cuba), Alvaro Colom (Guatemala), Porfirio Lobo (Honduras), Daniel Ortega(Nicarágua) e Fernando Lugo (Paraguai), entre outros.



Durante o encontro de Cancún, os presidentes Chávez, Evo Morales e o ex-presidente brasileiro Lula da Silva se pronunciaram favoravelmente que o novo organismo ocupe o lugar da OEA que mantém vigente a expulsão de Cuba por sua adoção de um regime comunista.



"Deve ser uma união de repúblicas e de outros povos, diferente da OEA que sempre trabalhou sob a hegemonia dos Estados Unidos", disse Chávez no começo do encontro de Cancún. Outros países da região consideram, entretanto, que a coexistência entre ambos organismos é possível. A apresentação da Celac será realizada nesta sexta-feira e sábado em Caracas e iniciará uma nova etapa na relação regional com os Estados Unidos.



Os países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) debaterão os mecanismos regionais para fortalecer a relação política, econômica e comercial na região. A crise financeira internacional e os mecanismos para levantar um escudo protetor que permita consolidar o crescimento em grande parte dos países do sul do continente aparece como um dos temas centrais. O apoio para a defesa da soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas é outro dos temas recorrentes da reivindicação dos líderes.



Desde a posse de Néstor Kirchner, a Argentina mantém uma forte relação bilateral com a Venezuela. Em março, Chávez esteve na Argentina pela última vez participando de uma cerimônia no estaleiro Tandanor onde se constróem navios para a Venezuela. A participação da Argentina em um plano construção de moradias fará parte das conversações, assim como os avanços e dificuldades para implementar o Banco do Sul.

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