terça-feira, 27 de setembro de 2011

Erico Verissimo

Novela
Quando ligo a tevê às oito da noite
Vejo uma moça virar prostituta
O escravo negro levar um açoite
E como é párvula aquela matuta


A esposa é sempre do mal
Só a amante tem valor
E espere uma história do período imperial
Ou seja empregado da história, negro ator


Nesta arena de valores invertidos
Só os belos têm amores vividos
E ser prostituta é uma coisa honesta


Depois da novela o que vai passar?
Documentário e ciências, não dá para aguentar
Apartir deste horário nada mais presta




Publicado pelo Observador às 19h10
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