sábado, 13 de agosto de 2011


Ser às vezes sangra. Mas não
há como não sangrar pois
é no sangue que sinto a primavera.
Dói. A primavera me
dá coisas. Dá do que viver.
E sinto que um dia na primavera
é que vou morrer.
De amor pungente e de
coração enfraquecido.
A descoberta do mundo


(Clarice Lispector)


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